CONHEÇA MAIS SOBRE O TEMA, E AJUSTE-O À CULTURA E ÀS PRÁTICAS DA SUA EMPRESA DE MANEIRA ESTRATÉGICA
Se você e a sua empresa/organização ainda não conhecem profundamente o tema do Etarismo, em seus diversos aspectos, e não começaram a se preparar para a inclusão da questão da longevidade das pessoas na estratégia de vocês, está na hora de repensar!
O Etarismo é um grande erro, um enorme preconceito a ser combatido e superado (como todos os demais), e é também um exemplo de falta de visão e de estratégia por parte de quem só consegue ver “um lado” da questão.
Todas as funções nas equipes e nas organizações tem suas demandas e características próprias, que são mais ou menos adequadas a cada profissional (ou categoria, ou classe, ou grupo), e necessitam de competências ligadas a este ou aquele aspecto. A idade, a fase da vida e a experiência fazem parte desse contexto.
Conhecer mais sobre essa questão e combater o preconceito não é apenas o certo a se fazer, mas é também o melhor em termos de estratégia de negócios e de formação de equipes. E quem ainda não percebeu isso está perdendo (tempo, dinheiro e ótimos colaboradores).
Ainda que existam funções em determinadas carreiras que de fato demandam jovialidade, força física e certas características específicas (como em alguns esportes), a verdade é que na maioria das organizações as equipes são e precisam ser cada vez mais plurais e diversas, por questões internas, externas, sociais, mercadológicas etc.
Cada etapa da vida, pessoal e profissional, tem suas próprias características, que a depender do enfoque e do aspecto a observar, podem ser classificadas (se quisermos ser simplistas), como prós ou contras, todas as etapas. Desta forma, não há que se falar em idade ou etapa da vida que seja certa ou errada, que seja melhor ou pior, pois são diferentes, com suas questões que ajudam ou não, conforme o caso.
Se há etapas em que se busca a juventude, a teórica inovação e a teórica maior energia (que não são verdades absolutas), há outras em que as organizações precisam de maturidade, experiência (inclusive de vida), serenidade, outras formas de comprometimentos etc. Sem contar as vantagens e as melhorias e os ganhos em termos de clima organizacional, e de conhecimento dos mercados.
O ponto dos mercados é fundamental para este tema, pois se a população agora é mais diversa em termos de idade, a questão, logicamente, afeta e engloba, também as empresas, bem como os parceiros, os clientes, os consumidores e demais públicos e grupos, que também são cada vez mais diversos nesse aspecto. E nada melhor do que a organização ter essa mesma diversidade em seus quadros, aprendendo com eles, ouvindo atentamente suas “dicas”, atendendo necessidades e preferências, identificando oportunidades e necessidades, e, lidando com as pessoas da forma “certa”.
Etarismo, portanto, é ESG, está relacionado à estratégia da sua empresa, é atual, e alcança todos os públicos, grupos e pessoas. E mais, isso inclui você e a sua estratégia de vida, pessoal e profissional.
O pilar social da pauta ESG é enorme, e engloba diversos aspectos, dentre eles o leque das questões ligadas à diversidade e à inclusão plena e efetiva, mas nem sempre se aborda, de fato, todos os enfoques necessários. E, por vezes, caímos na armadilha de escolher o tema ou o grupo “da vez ou do momento”.
Felizmente, já se vê no ambiente corporativo alguma movimentação positiva no tocante a demandas extremamente justas e atuais como as relativas a raça (racismo), gênero (machismo e homofobia) , deficiências físicas e intelectuais (capacitismo), e outras; mas ainda se aborda pouco o Etarismo (ou Idadismo). Até por desconhecimento.
O grupo dos “mais experientes e maduros” é também menos “barulhento” e “briga menos por seus direitos”, o que está mudando, e nos fazendo prestar mais atenção em seus direitos, mas também nas contribuições que podem (e querem) dar.
Um dos pontos que abordaremos neste breve artigo é o fato de que se os demais aspectos de diversidade e de inclusão são ligados a “grupos” e/ou a recortes da população mundial, o etarismo afeta a totalidade das pessoas. Em algum momento, todas as pessoas passarão por essa etapa da vida e sentirão os seus efeitos.
Em outras palavras, ao contrário dos demais aspectos da diversidade, todos os que não vierem a falecer antes de chegar à maturidade, passarão por essa questão – na pele! E é fundamental que nos preparemos para essa nova realidade, de todas as formas; também no trabalho.
O aumento da expectativa de vida é uma enorme conquista humana, assim como da medicina e da ciência em geral, mas essa nova realidade de “vivermos mais”, precisa ser abordada sob diversos enfoques e ângulos, por exemplo o corporativo, uma vez que a longevidade engloba pontos super positivos, mas também cobra cuidados e ajustes.
E, se a longevidade é um tema que nos afeta globalmente, é preciso conversar, também, sobre o seu reflexo no mercado de trabalho e nas empresas, e de forma ampla e geral, para que não se caia na armadilha de criar uma colcha de retalhos, com iniciativas meramente pontuais e desconexas.
A questão das “cotas”, atualmente tão debatida, também pode ser discutida no tocante a idade, mas acreditamos que seja até mais produtivo que as empresas entendam o lado positivo, o lado realmente bom de contarem com equipes de diversas gerações, como parte de sua estratégia.
Outro ponto a ser levado em conta é que o conceito de “Idoso” vem mudando, tanto em termos pessoais e sociais, e o que vivemos hoje já é muito diferentes do que nossos pais e avós viveram, bem como do que muitos aprenderam nas faculdades, superando conceitos antigos e ultrapassados.
As carreiras e as relações de trabalho, as formas de se contratar e o que se espera dos profissionais, mudaram e no tocante à idade também!
O tema é, portanto, social, mas também é profundamente ligado ao mercado de trabalho e às empresas; de forma que temos que repensar até mesmo as definições e os conceitos em nossas organizações e equipes, e no que pedimos aos recrutadores e estruturadores de times.
Naturalmente, não se imagina que todas as pessoas cheguem a viver perto dos 100 anos de idade na “nossa geração”, mas muitas delas chegarão sim a essa faixa etária, e preferencialmente com saúde e com disposição (muitas com necessidade) para trabalhar. E se elas precisam e querem trabalhar, as empresas também as querem e precisam delas (especialmente as que já perceberam isso).
E não foi apenas a idade que mudou ou a própria longevidade em si, mas os contextos.
Por razões financeiras, sociais, pessoais ou até com foco na saúde mental, além de preferências de cada pessoa, será cada vez mais comum que pessoas com idade bem superior aos já bastante comentados “50 +”, precisem e queiram seguir trabalhando. E o mercado de alguma forma precisa não apenas se preparar para manter (e/ou absorver, conforme o caso) essa força de trabalho, como também aprender a valorizar toda a experiência e as características dessas pessoas.
Outro ponto importante a considerar é que a longevidade e o próprio envelhecimento não passam por uma “data mágica”, pois somos mais “vividos” a cada dia, a cada hora, sendo necessário encarar o tema “desde sempre”. Classificar por idade é mera convenção, pois “envelhecemos” de forma constante, e todo o contexto social e corporativo precisa estar adequado ao longo do tempo, em todas as etapas.
Se de um lado há o aspecto individual, em que cada pessoa precisa preparar e se preparar para essa sequência de fases da vida, inclusive em termos de saúde (física e mental), formação e atualização, com as competências que os mercados demandam, de outro há o lado social e há também o papel do estado, assim como o da família, mas destacamos aqui o papel das empresas.
Aprender a valorizar os profissionais mais experientes não é apenas uma questão social e nem mesmo apenas uma questão de consciência ou de justiça, mas também de estratégia. Cada profissional e suas características (no caso a idade e a fase da vida) tem suas peculiaridades e pode ser “perfeito” para esta ou aquela função, desta ou daquela maneira, neste ou naquele regime de trabalho, de contratação e de remuneração, mas todos (todos) precisam de ajustes na cultura e nos procedimentos das empresas.
Engana-se, por exemplo, quem eventualmente considere que este tema é ligado ao assistencialismo, pois o que justamente se quer destacar é que as empresas precisam perceber que se trata de estratégia, com base nas competências, conhecimentos, experiências de cada profissional, em cada etapa da vida (inclusive profissional).
Está igualmente enganado quem ainda pensa que as carreiras atuais (e com mais força as “futuras”) estão pautadas da mesma maneira como foram estruturadas ao longo do Século XX, uma vez que o mundo todo mudou, a sociedade mudou, as relações de emprego e de trabalho mudaram, as pessoas mudaram, as empresas mudaram, as formações e as competências mudaram, as demandas mudaram, e mudarão ainda mais.
Todos temos que aprender que o corpo de colaboradores de uma organização é e precisa ser diverso, e sob vários aspectos, sendo essa realidade não apenas natural como positiva.
E temos, também, que perceber que a diversidade é positiva nas organizações em todos os seus temas, sendo que no caso da idade (com foco no combate ao etarismo), é fundamental que lideranças, recrutadores, profissionais de RH em geral, integrantes das equipes, etc., aprendam a lidar com os mais experientes e a entender que suas características (por exemplo a experiência, a maturidade, o grau de comprometimento, a fase da vida, e tantos outros aspectos.
Temos que encarar essa questão de frente, temos que nos preparar para estarmos sempre atualizados, com formação e experiência compatíveis com o que o mercado precisa e demanda, mas igualmente as empresas precisam fazer a sua parte. E isso não passa apenas por formação e treinamento, e nem mesmo por “não barrar” as pessoas, mas passa, também, por ajustes profundos nas práticas das empresas, definição e estruturação de cargos e de funções, educação continuada etc.
Ainda existem “líderes” (que na verdade são meros chefes) que não aceitam a diversidade, de idade e outras, mas que estão errados, ultrapassados, e com os dias contados. Cabe às organizações corrigir esses absurdos.
Conheça mais sobre o etarismo, ajude a combater, ajude a sua organização a se preparar para lidar com essa nova realidade, e prepare-se você também para viver mais – de forma produtiva, ativa e plenamente incluída. Esse tema é conosco, é com você!
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