O conceito ESG, que está reorganizando a mentalidade corporativa contemporânea, demonstrando que precisamos ter mais cuidado com a governança corporativa, com as pessoas e com o meio ambiente, e atualizando modelos de negócios que já não eram sustentáveis, é o tema do momento.
Ocorre, porém, que ainda há quem resista a perceber (ou a aceitar) que ele se aplica a tudo e a todos, em nossas vidas como um todo (em termos profissionais, sociais, familiares e individuais), e que vale muito dinheiro.
O impacto financeiro da busca pela sustentabilidade é imenso, e afeta as “duas pontas”, uma vez que, de um lado, atuar corretamente vale muito dinheiro, e não prestar atenção ao tema “custa muito”.
Essa questão está presente positivamente tanto em termos de investimentos recebidos mais facilmente, e mesmo de maior atratividade e “valuation”, quanto de acesso a financiamentos mais baratos; além de haver uma série de atividades que efetivamente geram receitas e lucros. E, no aspecto negativo, a perda financeira será cada vez maior.
Muitas das escolhas melhores que o ESG nos ensina a realizar “não custam nada”, e as que de fato demandam investimentos podem ser escalonadas e planejadas, sendo objeto de um adequado planejamento para a sua conversão plena.
O que mais se cobra das empresas que tem muito a melhorar não é a transformação imediata, mas que se comece a melhorar e que se siga um cronograma adequado de efetiva construção da sustentabilidade.
Por outro lado, engana-se quem pensa que o ESG seja custo, pois o risco de se perder o negócio como um todo, seja pelo desinteresse de investidores ou de parceiros, bem como pelos danos à imagem das organizações, assim como pelo desperdício de dinheiro drenado por eventuais multas e processos por atitudes erradas, e mesmo a perda de colaboradores e de clientes, “custa muito, muito mais”.
Alguns negócios e executivos ainda não perceberam esse movimento, e a sua importância, e o dinheiro envolvido nas escolhas melhores e mais sustentáveis, e estão “jogando contra o tempo”, esquecendo-se de que “o futuro está chegando cada vez mais rapidamente”.
O que por enquanto ainda é um diferencial, e por vezes ainda “um tanto optativo”, baseado na vontade de se fazer as coisas de uma forma melhor, logo será obrigatório (seja em função de normas ou de escolhas dos clientes e parceiros) e terá que ser transformado muito rapidamente.
Em alguns casos a transição terá que ser tão rápida e profunda, que além de custar muito mais, pode nem ser mais viável, e custar o negócio como um todo.
Grande parte da desconfiança e da resistência que o ESG encontra é muito similar à que enfrentaram a governança corporativa e o “compliance” há alguns anos, uma vez que também forma confundidos com modismo, com burocracia, com custo e com amarras às empresas. Felizmente, o tempo mostrou quem estava certo, e o mesmo ocorrerá com a sustentabilidade.
A primeira coisa a entender, portanto, é que o tema é bom e é importante para todos nós, em todos os segmentos, em todas as atividades, e temos que avaliar cada passo, cada atitude e cada decisão, buscando sempre a maneira efetivamente mais correta, moderna e sustentável de se fazer as coisas.
Essa nova mentalidade empresarial precisa ser implementada em todos os negócios, e em todas as organizações, de todas as áreas, de todos os segmentos, de todos os tamanhos, e de todas as idades. É para o Planeta todo.
Nenhuma atividade, área, segmento, empresa ou profissão está imune ao ESG, e todos precisam entender a questão rapidamente, para que tenham ainda alguma condição de escolher o ritmo de implementar as mudanças, e de realizar as transições necessárias.
Além de ser “a coisa certa” a se fazer, buscando sempre a efetiva melhoria dos processos e das organizações, com vistas à construção de negócios melhores, mais rentáveis, mais longevos e mais valiosos, temos que perceber que continuar a agir de forma insustentável será cada vez mais caro.
A sustentabilidade que se busca precisa ser total, tanto econômica quanto em seus demais aspectos, através de escolhas melhores em nossas atitudes e caminhos, mesmo nas organizações que já se considerem sustentáveis, pois a melhoria precisa ser contínua e permanente.
Essa nova consciência pessoal e empresarial tornou-se urgente, tratando-se de um dos principais pilares da sustentabilidade corporativa plena, e vale muito dinheiro! Ou seja, temos que conhecer mais e implementar tudo o que for necessário, e de forma organizada, sistêmica e integrada.
Com a popularização do conceito, alguns equívocos têm sido bastante observados, tanto em organizações que acreditam não precisar fazer nada para melhorar, quanto nas que não percebem que já estão ajustando condutas, embora de forma desorganizada. Ou seja, a reflexão mais profunda é cada vez mais necessária.
De outro lado, sabemos que ainda existem organizações e grupos empreendedores que acreditam que a sustentabilidade plena e a mentalidade ESG sejam um mero modismo, ou ainda questões totalmente voluntárias; e que se apliquem apenas a “algumas empresas”. Estão errados, e esse grave equívoco tende a custar muito dinheiro; por vezes a empresa inteira.
Via de regra, essa visão empresarial ultrapassada deriva de uma gestão de riscos já antiquada e incompleta, que não considera todas as questões atuais que impactam a sobrevivência das organizações, e que duvida que essa nova mentalidade corporativa se aplique a “todo mundo”.
Essa teimosia, ou essa demora, em conhecer mais sobre o tema, e em avaliar ao menos as questões mais simples e rápidas a ajustar, tende a deixar o tempo cada vez mais curto para as melhorias, que depois precisarão ser mais profundas, mais complexas, mais caras, e mais urgentes.
A obrigação de cuidar melhor das pessoas e do Planeta é, e precisa, ser de todos, e em todos os lugares e situações. E quanto mais cedo percebermos e agirmos, menos gastaremos e mais lucraremos.
O tema da inovação é um dos principais da atualidade, juntamente com o da automação, mas nem todo mundo percebe que inovar é uma questão profunda e complexa, que precisa ser entendida em sua totalidade, para que os novos negócios sejam realmente mais inovadores e modernos, e não apenas neste ou naquele aspecto.
Logicamente, não se pode falar em inovação apenas pelo viés tecnológico, ou mesmo da questão ligada à internet, aplicativos, comércio eletrônico, robotização e outros pontos correlatos, sendo preciso rever os negócios como “um todo”, ajustando e modernizando todos os seus aspectos.
Se entendermos inovação como algo que implique apenas em usar mais “computação e automação”, sem melhorar as relações com as pessoas, com o meio ambiente e com o Planeta, os negócios continuarão sendo antiquados e ultrapassados, ainda que com alguma tecnologia adicionada e “aparência moderna”.
Além de precisarmos realmente inovar na maneira de oferecermos bens e serviços à sociedade, repensando cada passo, cada item da cadeia produtiva, cada material, cada insumo, cada resíduo etc. (assim como de tratarmos as pessoas e o meio ambiente de maneira muito melhor, com foco efetivo em sustentabilidade plena), temos que chegar “a todo mundo” – pois o resultado efetivo dessas melhorias, e do aumento de consciência nas organizações, somente será conseguido com o apoio da coletividade inteira.
Temos que entender, por exemplo, que os motivos para “repensarmos” os negócios e a forma de os realizarmos, a relação custo-benefício (social e ambiental) de cada produto, e de cada etapa de sua elaboração, e mesmo a quantidade de produtos que efetivamente precisamos comprar, são cada vez maiores e mais urgentes.
Sabemos que ainda há resistência, mas igualmente percebemos que, geralmente, ela decorre da falta de informação e de reflexão, pois nem todos estão realmente repensando os seus negócios, suas matrizes de risco, seus compromissos com a sociedade, a necessária melhoria na sua governança corporativa e em seus controles, em seus critérios de compra e de contratação, e mesmo o futuro de suas atividades.
Ainda vemos vários empreendedores que só avaliam as suas organizações sob alguns aspectos, e com critérios antigos, esquecendo-se de que o ESG permeia todas as suas atividades, todas as suas escolhas, todas as suas decisões, e todos os passos e processos das empresas, incluindo escolhas de fornecedores, de insumos e de prestadores de serviço.
Temos todos que perceber que “fazer as coisas de forma errada”, sem a devida preocupação social e ambiental, custará cada vez mais caro, arriscará cada vez mais a imagem da empresa, assim como suas parcerias, clientes e colaboradores.
Essas questões são cada vez maiores, e impactam mais os negócios, de forma que se aplicam a todos nós. E cada vez mais!
Prestemos mais atenção ao ESG, ele vale muito dinheiro e é para todos!
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