No cenário empresarial da atualidade, a sigla ESG tem se destacado em meio às organizações verdadeiramente comprometidas com a sustentabilidade e responsabilidade corporativa.
ESG (Environmental, Social and Governance) refere-se aos critérios ambientais, sociais e de governança que as empresas precisam incorporar em suas práticas de gestão. Portanto, vamos abordar não apenas o que significa ESG na prática, como também formas de implementar na rotina corporativa práticas íntegras, responsáveis e sustentáveis.
O que é ESG e qual sua relação com o desenvolvimento sustentável empresarial?
ESG representa os pilares fundamentais que norteiam as operações empresariais de forma responsável e sustentável. A sigla é composta por três categorias correlacionadas:
Environmental – Ambiental
O componente ambiental do ESG abrange a forma como as empresas lidam com questões relacionadas ao meio ambiente. Isso inclui, entre outros, práticas de gestão de resíduos, eficiência energética, emissões de carbono, uso e conservação de recursos naturais.
Empresas que integram práticas ambientais sólidas não somente reduzem seu impacto ambiental negativo, podem criar ou aumentar impactos positivos, e também posicionam-se como defensoras da sustentabilidade.
Para as empresas e organizações que possuem um sistema de gestão ambiental, um setor de gestão ambiental e/ou que possuem uma licença ambiental – seja em esfera municipal, estadual ou federal –, é possível aproveitar para o programa de ESG o que já é feito dentro da empresa.
Karen Machado, Advogada e Consultora na área de Direito e Compliance Ambiental (CPC-A) – Professora da LEC, que atua no ramo ESG com propósito de aliar meio ambiente e desenvolvimento –, compartilhou conosco essa dica prática, pois “as empresas com esse sistema de gestão, setor e/ou licença ambiental, possuem dados e condicionantes que muitas vezes são programas específicos que tratam de questões ambientais, sociais e que também podem refletir em governança”. Ou seja, é uma abordagem completa, iniciando por práticas ambientais, mas que atendem em outras frentes do ESG.
Social
A dimensão social do ESG destaca a importância das empresas no contexto das comunidades em que operam. Iniciativas voltadas para o bem-estar dos colaboradores, diversidade e inclusão, segurança no trabalho e engajamento comunitário são aspectos fundamentais. Além disso, mostram-se também fundamentais as iniciativas e práticas relacionadas a todos os stakeholders, tais como comunidades do entorno.
Empresas socialmente responsáveis não apenas promovem ambientes de trabalho positivos, mas também contribuem para o desenvolvimento social mais amplo.
Vale ressaltar que as empresas devem prezar pelo pilar social, assim como os demais, não apenas como forma de posicionamento de comunicação, mas de maneira realista e transparente. Se algo se tornar uma campanha de comunicação, isso precisa ser um reflexo do que é realizado de fato na organização – isto vale para todas as letras do ESG.
Governance – Governança
A governança, terceira esfera do ESG, refere-se à estrutura de liderança e controle dentro da empresa. Práticas transparentes, combate à corrupção e responsabilidade corporativa são elementos essenciais, assim como um eficiente Programa de Compliance é fundamental.
Uma sólida e ética governança corporativa assegura que as empresas operem com integridade, o que vai resultar na confiança com investidores, outros parceiros e a sociedade
Como as empresas podem adotar práticas sustentáveis?
A adoção de práticas sustentáveis requer um compromisso profundo com a inovação, já que mudanças precisam acontecer. De forma geral, algumas estratégias essenciais incluem:
1. Integração do ESG na estratégia empresarial:
Empresas visionárias incorporam o ESG diretamente em sua estratégia central. O que as pessoas veem como “a ponta do iceberg”, deve ser embasado por metas e táticas sustentáveis alinhadas aos objetivos de negócios de médio e longo prazo.
2. Transparência e busca pela comunicação eficaz:
A comunicação transparente sobre as iniciativas de ESG e sobre outras frentes da empresa é essencial para construir confiança internamente, assim como com parceiros. Portanto, relatórios regulares e comunicados precisam ser uma prática fiel da organização, demonstrando o compromisso contínuo com ações sustentáveis.
3. Envolvimento dos stakeholders:
Engajar os stakeholders, incluindo funcionários, clientes e comunidades locais, é muito importante para a funcionalidade dos projetos de ESG e também para criar um engajamento e fortalecer vínculos.
As empresas precisam ouvir atentamente as necessidades, preocupações e pontos de vista desses grupos para que possam criar estratégias eficazes de sustentabilidade, que integrem as diferentes frentes da organização com seus parceiros.
Exemplos de práticas de ESG dentro das empresas
Cada empresa é única, por isso, as práticas internas devem ser pensadas de acordo com o contexto em questão, considerando o ramo, os stakeholders e tudo o que envolve a organização.
Vamos apresentar a seguir alguns exemplos de práticas de ESG que podem ser desenvolvidas de forma mais personalizada em cada tipo de empresa:
- Investir em tecnologias eficientes e fontes de energia renovável;
- Implementar programas de reciclagem e redução de resíduos, bem como de logística reversa,para minimizar o impacto ambiental;
- Desenvolver programas que promovam a diversidade e inclusão em todos os níveis da organização;
- Apoiar projetos comunitários, organizações sem fins lucrativos e iniciativas sociais;
- Ter um conselho independente para garantir uma governança transparente e equitativa.
- Estabelecer códigos de ética robustos e programas de conformidade para prevenir práticas antiéticas.
ESG — O futuro do mercado
Muito é falado que o ESG é uma tendência, mas é preciso enxergar tais práticas como uma realidade e não somente como algo que “tende a acontecer”, afinal, já é uma abordagem essencial para empresas comprometidas com a construção de um futuro sustentável, e uma exigência crescente do próprio mercado.
Nesse sentido, integrar práticas sustentáveis é essencial para se manter em conformidade, mas também para se posicionar de maneira mais estratégica em relação ao futuro, não apenas promovendo a responsabilidade corporativa, mas também fortalecendo a resiliência e competitividade das empresas em longo prazo.
Como se tornar um líder no mercado de ESG
Se você é um profissional comprometido com as boas práticas ESG e deseja liderar esse tema na organização em que atua, precisa buscar aprofundar seus conhecimentos e aprender com pessoas que são referências nessa área.
Como citamos anteriormente, ESG já é um tema aquecido e que têm atraído muitos profissionais das mais diversas áreas do conhecimento. Contudo não basta entrar na área, é preciso se capacitar, buscar certificações e obter diferenciais competitivos relevantes.
A LEC conta com um curso completo para quem deseja crescer no ramo. O Curso de Liderança ESG oferece uma visão abrangente sobre como as organizações, públicas e privadas, e seja qual for o porte,estão se posicionando em relação ao tema, destacando o papel crucial do Compliance nesse processo.
Você vai aprender a definir metas sustentáveis de acordo com as melhores práticas internacionais, mapear e avaliar riscos, e produzir documentos fundamentais para esta operação.
Por meio de aulas com foco em teoria e prática, você vai desenvolver suas habilidades e criar novas conexões com outros profissionais do setor, trocando experiências e aprendizados.
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