Seja estratégico, escolha os impactos positivos, e neutralize os demais, gerando valor
Em grande medida, os objetivos das organizações (e de todos nós) é a evolução, a melhoria, a correção de rotas, e o aprendizado, de forma que repensar e reavaliar a maneira como atuam, as premissas das decisões, e os impactos gerados em cada movimento, ou ação, precisa ser constante.
Todas as organizações (assim como todos nós), causam impactos com suas ações (e com as omissões), e precisamos escolher o melhor caminho em cada momento, em cada situação, e em cada decisão. Assim, quando for efetivamente impossível causar apenas impactos positivos, temos que criar um plano de transição, para que os efeitos sejam pelo menos neutralizados, enquanto não se consegue, de fato, a transformação.
E mesmo esses desafios maiores, que podem não ser totalmente equacionados de imediato, precisam ser alocados em metas de inovação e de criatividade efetivas, que permitam melhorias constantes, até que no prazo mais curto possível, consigamos encontrar efetivas soluções.
Eventuais melhorias que “custem mais caro”, que sejam mais complexas, e que não se consiga implementar de imediato, precisam ser mapeadas e planejadas, e os necessários investimentos alocados nos “orçamentos”, sob pena de não se melhorar e não evoluir. O que pode levar, também, à não sobrevivência.
O mundo vem passando por grandes transformações, que em vários aspectos ocorrem em velocidade e em amplitude ainda maiores do que o universo corporativo já estava acostumado; afetando a todos nós.
Conceitos como evolução, progresso, modernização e tantos outros estão sendo revistos, e atualizados, pois a chegada de novos cenários, novas realidades, novas demandas, e novas informações, levam a novas análises.
Se considerarmos “apenas” a presente década, rapidamente identificaremos riscos e ameaças, tanto domésticas quanto internacionais, que antes não existiam, ou que não nos impactavam tanto até então. E os cenários e contextos são cada vez mais desafiadores e complexos.
O conceito da “seleção natural” vale também para as organizações, e nessa “corrida” interminável é crescente a participação da luta pela sustentabilidade plena. Que precisa considerar o “poder dos impactos”.
A todo momento percebemos desafios novos, tecnologias novas, crises novas, ameaças novas, incertezas novas, riscos novos, e assim por diante, de maneira que a gestão é cada vez mais complexa e desafiadora. E essa realidade não pode ser negada, e nem evitada por completo.
Os sistemas de gestão de risco, assim como de governança corporativa e de “compliance” estão se sofisticando, e sendo ampliados, atualizados e modernizados todos os dias, em diversos aspectos, e aqui propomos que nesse contexto seja incluído mais um desafio, no tocante ao impacto positivo – a agenda ESG.
O tema vem sofrendo ataques de céticos, e sendo afetado por polarizações políticas e partidárias em vários países, o que demonstra a sua importância, a sua atualidade, e a necessidade de ampliação da consciência e dos debates, com o foco na sustentabilidade – inclusive dos próprios negócios e organizações.
Assim, com demanda, complexidade e riscos maiores, e crescentes, com cada vez mais variáveis e aspectos a considerar, temos que evoluir também, nas “respostas”, buscando formas de lidarmos com as novas situações da maneira mais correta, rápida e sustentável possível – o que demanda mais inovação e criatividade.
O “antigo” método de se lidar com certas questões que contemplava pensamentos como “sempre foi assim”, sempre se fez assim”, “e esse jeito deu certo por muito tempo”, “não consigo de outra forma”, “é assim que fazemos”, ou “todos fazem assim”, já não se sustentam, e precisam ser desafiados.
Diversos segmentos, negócios, produtos e serviços desaparecerão nos próximos anos, e muitos deles terão “morte” ainda mais rápida e “dolorida”, se não passarem por uma urgente, e importante, revisão de suas premissas, práticas, escolhas, e formas de atuação.
A agenda ESG defende empresas melhores, que precisam encontrar maneiras de ajustar as suas operações e condutas, para a geração de valor, de lucros e de resultados melhores – evoluindo.
E demanda que “repensemos” vários dos conceitos, dos processos, e dos procedimentos que antes eram utilizados, e por alguns até aceitos; mas que agora já não podem ser mantidos.
Muito do que algumas organizações faziam, até mesmo por falta de consciência ou de conhecimento, já não é aceito, e não pode continuar, mas não adianta apenas “reclamar” ou “atacar”, sendo preciso melhorar.
Por muito tempo o principal critério de avaliação das organizações foi a sua capacidade de gerar “dinheiro”, e esse ponto ainda é extremamente importante, mas aos poucos estamos evoluindo e sofisticando as análises, passando a considerar, também, a “forma” como esses resultados são obtidos, e os diversos “custos” (inclusive sociais e ambientais) envolvidos.
Temos, assim, um novo conceito para esses resultados, que considera muitas “outras” questões e aspectos, que vão bem além dos resultados meramente “financeiros imediatos”.
Empresas precisam gerar resultados sim, mas que precisam ser mais consistentes e sustentáveis, para que os “lucros aparentes” não se tornem “dores de cabeça”, processos, multas, crises de imagem e de reputação, perdas de clientes e de parceiros, dentre várias outras consequências adversas (e nem sempre consideradas pelas organizações em suas decisões, e escolhas de curto prazo).
Em casos mais extremos, as escolhas erradas já estão custando bem mais do que multas e processos, gerando perdas de confiança, perdas de concessões/autorizações, e até mesmo a morte do negócio.
Em maior ou menor escala, e velocidade, praticamente todos os segmentos estão sendo reavaliados, e quem não se adaptar rapidamente a novas realidades, melhorando processos e escolhas, tende a pagar preços cada vez mais altos.
No caso da sua organização, certamente há pontos a melhorar, critérios a rever, práticas a mudar, parceiros a substituir etc., de forma que de um lado não mais sejam aceitos “caminhos” errados, que desrespeitem as pessoas, os direitos humanos, o meio ambiente, e a governança corporativa, e do outro, foquem em resultados mais consistentes e sustentáveis.
Recomenda-se, atualmente, que essa revisão seja constante e em todas as áreas e setores dos negócios, pois a gama de aspectos a melhorar é enorme, e crescente.
Os conceitos de qualidade total e de melhoria contínua, tão “festejados” há algumas décadas, estão sendo “atualizados”, para incluir, também, a governança corporativa, e toda a pauta ESG, com ajuda da organização com um todo.
Engana-se, por exemplo, quem acreditar que a “falta de legislação” nacional sobre o tema ESG como um todo seja uma “autorização para não pensar no tema”, pois o assunto está crescendo e evoluindo, e as pressões virão na prática – tanto de seus parceiros, quanto colaboradores, de investidores e de clientes, de financiadores e de decisões judiciais, locais e internacionais,
O centro maior de decisão nas organizações costuma estar na diretoria, na presidência, no conselho, ou na assembleia geral, a depender do tipo societário, do porte e da maturidade de gestão em cada caso, e é fundamental que essas “decisões” considerem as pressões da sociedade contemporânea, as alterações climáticas, a realidade social, e as novas regulamentações/legislações, assim como escolhas de investidores e de financiadores.
E, uma vez escolhidos os “caminhos melhores”, precisamos que todas (literalmente todas) as decisões, as práticas e os movimentos da organização passem por novos “testes e filtros”, com o apoio de áreas chave nesse contexto, como o jurídico e as áreas de estratégia, sustentabilidade, compras/suprimentos, “compliance” e governança corporativa.
Para que as organizações avaliem melhor os seus impactos e consigam “focar nos positivos”, todos precisam ajudar, de forma transversal e harmônica, no dia a dia, em todos os momentos.
Contratos, parcerias, escolhas de técnicas e de equipamentos, planos de investimentos, produtos e serviços, e tantos outros itens e aspectos precisam ser atualizados, considerando (também) as novas diretrizes, as novas demandas, e as novas escolhas. Num trabalho conjunto, coordenado e efetivo, para que a organização inteira seja de fato melhor, e gere melhores e maiores resultados.
Custos “artificialmente baixos”, baseados em práticas insustentáveis, que “parecem mágicas”, começarão a gerar cada vez mais prejuízos e perdas não imaginados, com graves consequências. E precisam ser acompanhados de perto e “in loco”, pelo “compliance”, pelo jurídico, e pela gestão de riscos, por exemplo.
O mundo corporativo sabe que é (infelizmente) frequente que em situações de crise algumas organizações cometam “enganos”, e optem por caminhos aparentemente mais fáceis, ou “mais baratos”, buscando lidar com as emergências financeiras ou de marcado, o que “no longo prazo” tende a se demonstrar um grande erro.
Recomendamos, assim, que para que as escolhas sejam melhores, construam efetivo valor, e os resultados sejam de fato sustentáveis, com efetiva melhoria das organizações e de suas operações, não se esqueçam de incluir, em suas estratégias essas novas demandas, e de analisar os efeitos das decisões de forma mais ampla.
E temos que nos lembrar de que inovação efetiva e criatividade “para valer” é muito mais do que pensar em apenas automatizar tarefas e processos, substituir pessoas por sistemas, e buscar custos menores, pois “não se foca” apenas no que seja aparentemente mais barato ou mais rápido, mas no que seja efetivamente melhor. Ou seja, “pense fora da caixa”, abra a sua mente, e ajude a sua organização a realmente melhorar as áreas de estratégia, de governança, de “compliance”, de projetos, de operações e todas as demais.
Precisamos de organizações que valham mais, que rendam mais, que valham mais, e que ganhem mais, inclusive para que contratem mais pessoas, paguem mais e melhor, ofereçam produtos e serviços efetivamente melhores à população, sejam mais seguras, cuidem melhor das pessoas e do meio ambiente, ajudem as comunidades próximas, e que se envolvam menos em acidentes, em processos, em investigações, em escândalos, em multas e em “cancelamentos” – o que passa necessariamente pela revisão dos métodos de operação.
Repense suas premissas, suas escolhas, e suas decisões, construindo organizações melhores, e que produzam melhores impactos.
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