O advogado autônomo é o profissional que não tem vínculo empregatício, ou seja, é aquele que exerce seu trabalho sem nenhuma ligação com um escritório de advocacia específico ou empresa. Ou seja, ele é responsável por conseguir seus próprios casos e lidar com eles.
Assustador? Pode parecer a princípio, mas, na verdade, pode ser bastante interessante e oferecer a liberdade necessária para expandir sua carreira e seu nome como advogado em sua região.
Continue lendo nosso artigo e veja como se tornar um advogado autônomo, as vantagens desse modelo de trabalho e, também, a importância do compliance para quem trabalha dessa forma. Acompanhe.
A carreira de um advogado autônomo e seus desafios
Um ponto é certo: o trabalho autônomo cada vez mais se mostra como uma modalidade de trabalho do futuro. Cada vez mais as pessoas aproveitam as vantagens dessa forma de trabalho, principalmente para consolidarem seu nome no mercado e conseguirem ótimas oportunidades de atuação.
E na área de advocacia essa já é uma tendência bastante forte e que cada vez mais ganha força nos últimos tempos, devido as diversas vantagens que esse modelo proporciona. Porém, é necessário saber que há uma série de desafios para quem decide se estabelecer nesse modelo, tais como:
- organizar as finanças, já que seus ganhos dependerão exclusivamente das suas atividades;
- acompanhar e manter em dia as questões tributárias concernentes a sua atividade;
- captar clientes e manter suas respectivas confianças;
- conseguir boas parcerias com escritórios, consultorias e fornecedores de soluções;
- ter uma gestão de tempo adequada para não comprometer a qualidade do trabalho e nem sua qualidade de vida.
As vantagens em se tornar um advogado autônomo
Mas por que investir nesse modelo de trabalho? Por que optar por executar suas atividades de forma autônoma e não em escritórios em parceria com outros colegas de trabalho? Veja algumas das vantagens a seguir e entenda por que essa opção pode ser a melhor para o seu estilo de vida.
Flexibilidade
Flexibilidade é um conceito cada vez mais em voga nos dias atuais. E para o jovem advogado (ou, até mesmo para aqueles que estejam na carreira há muitos anos), pode ser crucial para sua vida profissional.
Um ponto intimamente ligado a flexibilidade é a possibilidade de trabalhar a partir de qualquer lugar. Exceto nos dias de reuniões com clientes ou outros compromissos, você poderá realizar suas atividades em casa, em coworkings ou, até mesmo, em um hotel, caso esteja viajando.
Para algumas pessoas, isso pode ser mais do que bom: é essencial. Por exemplo, nos casos em que o advogado tenha parentes em outras regiões, é uma oportunidade de conciliar vida pessoal e profissional sem maiores problemas.
Até mesmo algumas reuniões podem ser feitas por videoconferência, dependendo do tema, facilitando até mesmo a gestão de tempo do profissional.
Possibilidade de investir em treinamentos em dias alternados
Uma das grandes dificuldades dos profissionais é conseguir investir em cursos e treinamentos, pois, na maioria das vezes, o horário de realização coincide justamente com a jornada de trabalho nos grandes escritórios.
Com o trabalho autônomo, o advogado consegue administrar sua agenda de forma a permitir a realização das atividades de especialização sem comprometer sua rotina e as atividades com seus clientes.
Assim, é possível conseguir melhorar a sua carreira, prestar um bom serviço e se especializar cada vez mais, fortalecendo o nome no mercado.
Autonomia para pegar causas que estejam de acordo com seu perfil profissional
Diferentemente de quando atua em um escritório, o profissional autônomo tem direito de escolher quais são as causas que vai pegar para si. Assim, ele pode declinar de situações as quais acredite que não deva se envolver, bem como pegar casos mais ousados ou delicados, que acredite que valha a pena, bem como os que possam impulsionar seu nome no mercado.
O que fazer para se tornar um advogado autônomo
Uma dúvida comum é como conseguir, portanto, se tornar um advogado autônomo e obter sucesso nesse modelo de negócio. Confira os principais pontos que você deve desenvolver para esse fim:
- consiga experiências em diversas áreas jurídicas, explorando os variados ramos do direito;
- desenvolva competências variadas, como administrar redes de relacionamento, criação de networking, desenvolvimento de negócios, administração, gestão financeira, entre outros;
- invista em formas diferenciadas de renda, por exemplo, estabelecendo parcerias com outros advogados e escritórios;
- estude sobre gerir uma empresa, já que o seu próprio escritório é um negócio nessa natureza;
- invista em softwares de gestão para facilitar o controle do seu escritório próprio;
- observe para dominar melhor seu tempo, estabelecendo um padrão de ritmo de trabalho e não se esqueça de considerar seu tempo de descanso e lazer.
A importância do compliance para o advogado autônomo
Outro ponto essencial que o advogado autônomo deve ter consciência é sobre compliance. Esse é um conceito que está cada vez mais sendo repetido na área jurídica e não é sem fundamento: para o profissional que esteja querendo inovar, é necessário saber sobre o tema.
Compliance é o conceito de “estar em conformidade”, não só no que diz respeito às obrigações legais, mas também com questões éticas e, até mesmo, de cultura da empresa.
Infelizmente, ainda é comum que muitos empreendedores autônomos não apliquem os programas de compliance em seus negócios, seja pela falsa ideia de que isso custa caro, por desconfiar das possíveis vantagens, ou simplesmente pela falta de tempo para se dedicar a ele.
É aí que um advogado pode entrar no circuito, para tornar o compliance simples e adaptado à realidade dos clientes, de qualquer segmento e de todos os tamanhos, incluindo micro empresas e empresas de pequeno porte, quem tem certos benefícios concedidos pelo decreto que regulamenta a Lei Anticorrupção, ao dispensar a exigência de alguns dos pilares do programa de compliance.
A função do compliance é previnir, detectar e estancar quaisquer atos de não conformidade, que possam violar a lei ou as políticas internas da empresa, inclusive por terceiros agindo em seu interesse ou benefício.
Nessa medida, é muito importante que o advogado consiga vislumbrar que ele é um terceiro de alto risco para os seus clientes e, por isso, também deve ter um programa de compliance em seu escritório.
Pense rapidamente quantos contatos com funcionários públicos e autoridades são feitos diariamente por advogados e estagiários em nome de seus clientes. Estes clientes certamente estarão mais confortáveis se o seu advogado tiver conhecimentos claros sobre os limites de atuação em compliance, além de um programa rodando em seu escritório.
Para que essas frentes possam ser colocadas em prática, é necessário que o advogado autônomo tenha consciência sobre o tema e passe pelos treinamentos necessários sobre compliance. Assim, ele terá maiores condições de executar essas atividades com maior precisão.
Trabalha na área jurídica e quer mais dicas importantes para impulsionar a sua carreira e ser um profissional de sucesso? Siga nosso perfil no LinkedIn, assine a Compliance News no formulário abaixo, e acompanhe nossos conteúdos exclusivos gratuitamente.