O mundo dos negócios é rico em possibilidades, mas em meio a um mercado tão plural, como podemos saber se estamos tomando as decisões certas? O Risk Assessment é, portanto, uma ferramenta essencial para a gestão eficaz de riscos em uma organização.
Neste artigo, vamos explorar o que é o Risk Assessment, os detalhes de como funciona e como as organizações podem usá-lo para tomar decisões mais conscientes e estratégicas, resultando em um impacto positivo internamente e externamente.
O que é Risk Assessment e qual sua importância?
O Risk Assessment, ou avaliação de riscos, é um processo sistemático de identificação, análise e avaliação das vulnerabilidades que uma organização enfrenta. Ele ajuda a entender os possíveis impactos de eventos futuros e a determinar a melhor forma de lidar com as situações.
Segundo definição de Daniel Sibille, Diretor Sênior de Compliance da Oracle América Latina, esse processo “é fundamental para a gestão de uma organização, pois fornece uma estrutura sólida para identificar, avaliar e tratar os riscos de forma eficaz”.
Como é feita a avaliação dos riscos?
Para abordarmos de forma prática, é preciso considerar que a avaliação dos riscos é feita por meio de um processo que envolve algumas etapas, e que cada uma tem o seu papel como fundamental no resultado.
Primeiro, é necessário definir o escopo da avaliação, identificando os objetivos, o sistema ou processo a ser avaliado e os critérios de avaliação.
Em seguida, os riscos são identificados por meio de técnicas como brainstorming, análise de cenários e análise histórica.
Uma vez identificados, os riscos são analisados para determinar sua probabilidade de ocorrência e seu impacto potencial. Essa análise permite priorizar os riscos mais críticos e determinar se eles exigem tratamento.
Apesar de termos um roteiro bem definido para ser seguido, como um bom profissional, é preciso que você estude de forma particular o caso de cada organização, dando ao processo de gestão de riscos uma atenção personalizada, já que cada empresa conta com seu próprio contexto.
Etapas para realizar uma avaliação de riscos de forma responsável e eficaz
Daniel, que também é coordenador do Curso de Compliance Anticorrupção da LEC, passou as etapas detalhadas da avaliação de riscos para que você possa conhecer o processo mais a fundo:
- Definição do Escopo:
- Identificar o sistema, processo ou projeto a ser avaliado.
- Determinar os objetivos do Risk Assessment.
- Definir os critérios de avaliação de riscos.
- Identificação de Riscos:
- Brainstorming: Reunir a equipe para identificar potenciais riscos.
- Análise de Cenários: Imaginar diferentes eventos que podem impactar a organização.
- Análise Histórica: Examinar eventos passados para identificar tendências e padrões.
- Análise de Riscos:
- Avaliar a probabilidade de ocorrência de cada risco.
- Determinar o impacto potencial de cada risco.
- Classificar os riscos de acordo com a probabilidade e o impacto.
- Avaliação de Riscos:
- Comparar os riscos com a tolerância da organização ao risco.
- Priorizar os riscos mais críticos.
- Determinar se os riscos são aceitáveis ou exigem tratamento.
- Tratamento de Riscos:
- Selecionar as medidas de tratamento mais adequadas para cada risco.
- Implementar as medidas de tratamento.
- Monitorar a efetividade das medidas de tratamento.
- Monitoramento e Revisão:
- Monitorar os riscos continuamente.
- Revisar o processo de Risk Assessment periodicamente.
- Atualizar o processo de acordo com as mudanças no ambiente da organização.
Critérios para considerar em uma avaliação de riscos
Durante o processo de avaliação de riscos, diversos critérios são considerados, afinal, é preciso analisar todas as possíveis ameaças às organizações. Mas, de forma mais objetiva, probabilidade, impacto, tolerância ao risco e metas de negócios, são pontos relevantes que podem influenciar a avaliação.
“Na jornada de avaliação de riscos, desvendamos a probabilidade e o impacto de cada ameaça à organização. Mergulhamos no passado, consultamos especialistas e utilizamos métodos probabilísticos para estimar a chance de cada risco se materializar. Simulamos cenários futuros, analisando as consequências em diferentes áreas e atribuindo valores monetários e não monetários ao impacto. Combinando probabilidade e impacto, criamos uma matriz que categoriza os riscos por severidade. Por meio de comunicação clara, engajamento ativo, metodologias adequadas e revisão contínua, garantimos a efetividade da avaliação e protegemos o futuro da empresa.” – Daniel Sibille.
O que as empresas precisam fazer para terem uma boa gestão de riscos?
Conforme orientado por Daniel, é preciso seguir as etapas, sem ignorar o básico e cumprir cada passo com atenção e responsabilidade, desde a definição do escopo ao monitoramento e revisão. Esse processo é algo vivo dentro da empresa, por isso é um pilar fundamental do Compliance, que é um programa contínuo.
O Risk Assessment fornece uma base sólida para a identificação, avaliação e mitigação de riscos de conformidade, ou seja, ter sua empresa monitorada de forma contínua é uma maneira de garantir que o programa de Compliance seja efetivo, protegendo a empresa das vulnerabilidades e das possíveis sanções e multas, que podem gerar um impacto não apenas financeiro, como também na reputação da organização.
Como bons profissionais podem crescer nessa área?
A resposta é simples: a chave para o crescimento profissional é investir em capacitação. Por ser um ramo cheio de possibilidades e em crescimento constante, a forma de se posicionar à frente da concorrência com mais qualidade é ter conhecimento e uma certificação.
Se você quer se profissionalizar ainda mais e deseja atuar especificamente com Risk Assessment, entender mais sobre Compliance Anticorrupção vai te ajudar a compreender como implementar ou gerir um programa de Compliance efetivo para adotar uma abordagem sistemática e abrangente nos processos de gestão de riscos que estará à frente.
Torne-se um profissional capacitado para ajudar as organizações a serem mais estratégicas em suas decisões, garantindo sucesso não apenas em longo prazo.
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