Por que o preparo lógico e psicológico define a liderança que sobreviverá (e prosperará) em 2026.
Se 2025 tivesse uma legenda, para mim ela seria simples e honesta: não foi um ano para líderes amadores.
Foi um ano que exigiu muito mais do que repertório técnico, cargos ou discursos inspiradores. Exigiu presença, coerência, maturidade, inclusive emocional.
O contexto externo apertou: mais pressão regulatória, decisões cada vez mais expostas, transformações tecnológicas aceleradas, cenários econômicos instáveis. Ao mesmo tempo, o contexto interno das organizações mostrou o que já vinha dando sinais há algum tempo: líderes sobrecarregados, times cansados, conflitos mal elaborados e uma exaustão silenciosa que não aparece em dashboards, mas aparece no dia a dia.
Nunca se falou tanto em estratégia e saúde mental. E nunca ficou tão claro que uma coisa sem a outra simplesmente não se sustenta.
Durante muitos anos, fomos treinados para acreditar que liderar bem era sinônimo de decidir certo, rápido e com confiança. Em 2025, ficou evidente que isso é apenas parte da equação.
Liderar passou a significar sustentar decisões difíceis por mais tempo, com mais impacto e sob mais pressão, muitas vezes sem a garantia de reconhecimento imediato ou consenso.
Ao longo do ano, vi líderes tecnicamente excelentes se perderem não por falta de competência, mas por falta de preparo emocional para lidar com o peso das próprias decisões. Decisões corretas do ponto de vista estratégico, mas comunicadas sem escuta. Processos bem desenhados, mas conduzidos sem cuidado humano. Silêncios longos demais. Reações defensivas demais.
Um dos maiores aprendizados do ano foi perceber que o despreparo psicológico deixou de ser um tema individual e passou a ser um risco real para as organizações.
Líderes emocionalmente exaustos tendem a reagir mais do que refletir, comunicar mal em momentos críticos, evitar conversas difíceis ou conduzi-las de forma abrupta e gerar insegurança, mesmo quando tecnicamente estão certos.
Se 2025 foi um ano de choque de realidade, 2026 será um ano de escolha.
Escolha sobre como queremos liderar.
Escolha sobre o que estamos dispostos a desenvolver em nós mesmos.
O preparo que 2026 exige é integral. Preparo lógico, que continua sendo inegociável:
- leitura de cenário;
- tomada de decisão baseada em dados;
- clareza de prioridades;
- estruturação de soluções para problemas complexos;
E preparo psicológico, que passou a ser diferencial competitivo:
- autoconsciência
- capacidade de sustentar pressão sem endurecer
- coragem emocional para conversas difíceis
- escuta genuína
- clareza sobre limites, papéis e responsabilidades
O preparo psicológico não vem com o cargo, mas com disposição para aprender sobre si mesmo.
O líder que emerge para 2026 não é o que tem todas as respostas. É o que consegue permanecer inteiro quando as respostas não são óbvias.
Liderança, hoje, deixou de ser apenas um exercício de autoridade técnica. Tornou-se um exercício contínuo de maturidade emocional aplicada ao negócio.
Se você lidera pessoas, equipes ou decisões relevantes, vale a pergunta que eu mesma tenho me feito com frequência:
Estou tão preparada emocionalmente quanto estou tecnicamente para o próximo ano?
Porque 2026 não vai pedir menos.
Vai pedir mais clareza, mais presença e mais preparo.
E, cada vez mais, liderar será menos sobre saber e mais sobre sustentar.
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