O mercado de trabalho está em constante transformação. A cada momento surgem novas profissões para atender à demanda por pessoas especializadas em determinado assunto. Não seria diferente com o compliance, um programa corporativo que tem exigido profissionais cada vez mais capacitados.
Porém, você sabe, de fato, o que faz um profissional de compliance? Quais são as áreas de atuação desse colaborador? Consegue imaginar a importância de um departamento específico de compliance para as empresas?
As empresas que desejam permanecer competitivas e querem manter uma imagem positiva perante o mercado precisam investir em medidas específicas, a fim de garantir a conformidade das operações com aquilo que a lei estabelece.
De fato, essas instituições estão cada vez mais preocupadas em respeitar regras e padrões éticos, tanto pela questão legal, quanto pela construção de valores que as sustentem. Nesse contexto, o compliance adquiriu uma importância estratégica, como uma forma de promover boas práticas e estimular a responsabilidade de zelar pela reputação das organizações.
Neste post, vamos explicar melhor o que faz um profissional de compliance e como se tornar um. Continue lendo para saber mais!
O que é compliance?
Antes de tudo, vamos esclarecer o que significa o conceito de compliance. A palavra tem origem do verbo inglês “to comply”, que significa “estar em conformidade”, “agir de acordo”, “realizar o que foi solicitado”. Nesse sentido, surgiu o termo compliance para se referir às práticas desenvolvidas pelas empresas que estão em conformidade com diretrizes internas, normas e padrões éticos e a legislação vigente.
A prática começou nos Estados Unidos e na Europa, e desde a década de 1990 vem sendo introduzida no Brasil, aos poucos, por grandes corporações.
Dessa forma, se trata de uma área específica que cuida da elaboração e implementação de estratégias corporativas com o objetivo de que uma empresa, além de cumprir as leis e normas pertinentes ao seu setor de atuação, possua mecanismos para garantir o cumprimento de leis que trazem grandes riscos patrimoniais e reputacionais para as empresas, com a Lei Anticorrupção . Além disso, esse departamento é responsável pela aplicação de políticas e códigos de conduta que visam à adoção de comportamentos éticos dentro da organização.
Qual é a importância do setor de compliance para as empresas?
Algumas empresas menores ainda resistem em adotar um setor de compliance por enxergarem apenas como mais um custo. Trata-se de um grave equívoco. De fato, a falta de conhecimento acaba sendo o principal motivo para que os líderes negligenciam a importância dos profissionais de compliance para uma empresa.
Na realidade, o departamento de compliance pode contribuir bastante para que uma empresa consiga manter as suas operações baseadas sempre na lei e atinja seus objetivos, com ética e transparência. É uma maneira de manter a credibilidade da empresa no mercado e preservar a sua longevidade.
Também é possível identificar a violação de direitos trabalhistas e demais pontos de falhas que podem ensejar o ajuizamento de reclamações trabalhistas — que poderiam ocasionar condenações judiciais e trazer prejuízos financeiros para a empresa.
Da mesma forma, o compliance tem a função de prevenir fraudes. O objetivo é garantir que todas as práticas internas e externas que são desenvolvidas pela empresa estejam em conformidade com aquilo que a lei prevê, bem como os padrões e condutas internas.
Além disso, é uma forma de evitar condutas éticas e desleais, de uma maneira geral. De fato, a preocupação em combater a corrupção deve ser uma das prioridades para os líderes, gestores e colaboradores de toda corporação. Já imaginou as perdas que a empresa pode amargar por atuar de forma antiética e violar os dispositivos da lei? Além dos danos à imagem e à reputação dos negócios, ela poderá ser condenada em sede judicial, sofrer fracassos financeiros e até mesmo ir à falência.
Por sinal, a falta de compliance é um dos motivos que leva muitas organizações a fecharem, tanto pela ocorrência de fraudes e atos de corrupção, quanto pela ineficiência nos processos.
Diante desse cenário incerto, as práticas de compliance se tornam fundamentais para melhorar os níveis de governança, evitar problemas legais e adequar a rotina da empresa de acordo com as exigências governamentais e de outras companhias.
O que faz um profissional de compliance?
As práticas de compliance devem ser exercidas por pessoas devidamente capacitadas para tanto. Afinal, as funções a serem desempenhadas exigem um alto nível de conhecimento técnico e dos negócios e riscos da empresa. Por isso, o profissional de compliance precisa desenvolver um conjunto de competências pessoais, comportamentais, técnicas e intelectuais a fim de contribuir para o sucesso das estratégias.
O profissional pode ser também chamado de compliance officer, principalmente quando ele se encontra em nível de diretoria. Ele é o agente responsável por efetuar a implementação e a gestão efetiva de todas as ações de conformidade na empresa. Ou seja, é o profissional que, em diferentes níveis, compõe ou lidera esse setor em uma organização.
Assim, o profissional de compliance atua na identificação de falhas e na avaliação dos riscos a que a empresa está submetida, de acordo com o seu segmento. Do mesmo modo, ele tem o dever de efetuar a institucionalização de processos e métodos mais adequados de forma que as operações estejam em conformidade com as leis.
Ele também cuida para que a empresa adquira uma cultura interna de compliance, ou seja, incentiva a conscientização da importância desse conceito dentro de toda a corporação, de modo que todos os colaboradores, gestores e parceiros entendam a importância dessas práticas para o bem da empresa. Além disso, a missão também envolve estabelecer os 10 pilares do programa de compliance, para que a organização possa alcançar resultados efetivos.
O programa de compliance é um sistema completo que prevê todas as ações da área. É um framework indispensável para que a empresa se mantenha em conformidade, incluindo a criação de um código de conduta ética, que serve para nortear o comportamento dos colaboradores, a condução de treinamentos, a gestão de um canal de denúncias, entre outros.
De fato, a criação de um canal de denúncias corporativo é uma forma pela qual os colaboradores, gestores e os próprios clientes poderão comunicar práticas ilegais e denunciar os atos ilícitos cometidos pelos líderes e demais funcionários que podem prejudicar toda a empresa. É um instrumento fundamental de compliance, que contribui para o monitoramento e controle da empresa.
Quais são as áreas de atuação desse profissional?
O mercado para o profissional de compliance é mesmo muito promissor. De acordo com o site da Catho, o salário médio de um analista de nível pleno fica em torno de R$ 4,1 mil reais. Os ganhos podem ser bem maiores, dependendo da região e em cargos mais elevados.
Como a atuação do compliance officer é bastante ampla, profissionais das mais diferentes áreas de formação podem atuar no setor e alcançar o sucesso. Esta é uma área multidisciplinar, que têm atraído pessoas de diversas áreas como jurídico, controles internos, comunicação, auditoria, contabilidade, ouvidoria, recursos humanos, entre outras.
Como se tornar um profissional de compliance?
As empresas estão cada vez mais cientes da importância do compliance como forma de manter a continuidade das suas operações e garantir que não terão motivos de serem responsabilizadas em eventual ação judicial. Nesse sentido, a contratação de profissionais que atuam diretamente nessas funções está em alta.
O grande problema é que ainda não existem profissionais suficientes para atender a toda a demanda do mercado. Esse fato torna a carreira de compliance officer ou compliance leader ainda mais promissora e vantajosa. Afinal, quem não deseja ocupar um bom cargo em uma grande empresa, não é mesmo? Então, por que não começar a investir na carreira de compliance?
Como deu para notar, o profissional de compliance tem o dever de zelar pela idoneidade d as atividades da empresa, avaliar a legalidade das operações e verificar se elas estão em conformidade a lei. Isso não significa que é preciso ser um advogado ou financeira, como muitos acreditam. Afinal, compliance vai muito além das questões legais ou controles internos, envolvendo a combinação de diversos conhecimentos multidisciplinares.
Por isso, qualquer profissional pode se dedicar ao compliance, desde que se especialize na área. Ao se especializar, além dos conceitos pertinentes à atuação no mercado, é possível entender como funciona a implementação de um programa dessa natureza, como identificar os riscos em uma empresa e como monitorar e mitigar os problemas de conformidade e integridade.
Para se dedicar ao compliance, há algumas possibilidades de cursos no mercado, o importante é buscar formação profissional e prática sobre o tema.
Além disso, a questão é que capacitação é importante em qualquer mercado. Se você ficou interessado depois de saber o que faz um profissional de compliance, receba um contato de um especialista LEC, sem qualquer custo, e tire suas dúvidas sobre a área e os cursos disponíveis na LEC, nos formatos presencial e online, e saiba como obter uma Certificação Profissional em Compliance Anticorrupção, a CPC-A, que é oferecida pela LEC em parceria com a FGV-Projetos, um importante diferencial no mercado de trabalho.