Quem deseja entrar na área ou está em busca de crescimento, precisa compreender o mercado de trabalho em Compliance de forma ampla para mapear oportunidades e trilhar uma carreira bem-sucedida.
Entenda a seguir um contexto dos últimos anos e possíveis tendências para o futuro.
Como funciona o mercado de trabalho em Compliance?
Há uns anos, o mercado de Compliance está em crescimento constante e tomando uma forma cada vez mais robusta. Esse cenário faz com que a busca por oportunidades de trabalho na área esteja aquecida.
Primeiramente, entenda o que a área de Compliance faz para ganhar uma visão geral, mas aprofunde-se em temas mais específicos para saber detalhes sobre o setor.
Sobre os escritórios de consultoria e advocacia, existem opções com portes diferentes e existe demanda para todos eles — esse é um dos motivos pelos quais o mercado se mantém em crescimento, demandando novos profissionais.
Isso acontece porque Compliance é indispensável para todas as empresas, sejam elas pequenas e médias, ou mesmo companhias grandes com atuação internacional. Sendo assim, os escritórios de diferentes portes e especialidades têm demandas para organizações que também contam com tamanhos distintos e necessidades específicas.
A busca por entrar neste mercado pode gerar algumas dúvidas frequentes sobre Compliance, que você pode sanar em um artigo que preparamos para esta finalidade. Mas listamos alguns pontos relevantes a seguir.
Qual a formação de um profissional de Compliance e o que as empresas esperam dele?
Não apenas graduados em Direito podem ingressar na área de Compliance. Para entrar, é preciso garantir os requisitos técnicos e comportamentais esperados. Portanto, profissionais de ramos diferentes podem se preparar para ingressar nesta nova carreira, buscando desenvolver um perfil que equilibre as habilidades comportamentais e técnicas necessárias para atuar no segmento.
O profissional de Compliance precisa ser um verdadeiro diplomata, ou seja, aquela pessoa que vai disseminar o Compliance dentro da empresa. Além de conhecer bem a técnica, ele precisa saber se comunicar com todos da organização, sendo compreendido e respeitado pela liderança e pelos profissionais de níveis juniores.
Ele precisa saber influenciar e ter uma comunicação persuasiva, além de muita disciplina nos processos diários de controles e métricas. A resiliência também é um ponto que agrega valor ao perfil do profissional, já que a implementação de um programa de Compliance conta com muitos desafios, o que sugere uma boa habilidade de saber “recalcular rotas”.
Dando ênfase ao perfil técnico, quem deseja atuar no ramo precisa compreender a base do Compliance, saber quais são os pilares e como implementá-los. Essa pessoa será a responsável por fazer o programa de Compliance seguir de maneira fluida, utilizando o conhecimento adquirido de maneira prática.
Sabemos que eventualmente as empresas esperam dos candidatos experiência prévia, mas para quem ainda não teve a oportunidade de trabalhar no ramo, é preciso força de vontade e determinação. Estude, faça cursos e tire certificações. Invista em conhecimento, aprimore uma língua estrangeira, aprofunde-se nas legislações relevantes para a área e desenvolva-se para fazer tudo o que estiver ao seu alcance para conquistar a experiência que precisa.
Entenda que tempo de mercado não diz respeito necessariamente à aptidão de um profissional para Compliance, pois existem contextos em que o conhecimento específico do setor de atuação, ou da operação de uma determinada companhia, podem superar uma pequena experiência prévia em compliance. Conhecer o negócio onde se pretende implementar um programa é fundamental para ter sucesso em compliance.
Como iniciar a carreira em Compliance?
Já introduzimos esse tema no tópico anterior e também compartilhamos em outros artigos do blog da LEC, mas de forma geral, aqui vão algumas dicas que são essenciais, ou seja, que podem fazer a diferença para sua trajetória ser bem-sucedida.
Antes de mais nada, faça uma autoavaliação e entenda porque você deseja ingressar no ramo. Converse com profissionais da área e saiba como funciona o dia a dia, quais os prós e contras de acordo com suas expectativas.
Depois disso, faça um curso, adquira a técnica e entenda como aplicá-la na rotina de trabalho. No curso preparatório, aproveite para fazer networking e estabelecer relacionamentos com pessoas que possam indicar você à alguma organização para colocar em prática tudo o que aprendeu.
Outra opção é conferir se existe área de Compliance na empresa que você trabalha atualmente, pois você pode migrar para o setor. Caso não haja, pode incentivar e participar da criação do mesmo (existem centenas de histórias como estas entre os alunos da LEC).
Histórico do mercado e primeiros profissionais de Compliance
As primeiras posições no ramo começaram de forma reativa à demanda de mercado. Compliance já era importante nos Estados Unidos e as multinacionais começaram a sofrer sanções em razão de práticas reprováveis adotadas no exterior (leia-se, fora dos Estados Unidos), o que impulsionou a implementação de Programas de Compliance nas suas principais regiões de atuação, em suas filiais.
Como o Brasil se tornou ao longo do tempo um mercado importante para muitas multinacionais, o movimento de recrutamento de profissionais para atuar no segmento começou a acontecer, afinal, era necessário montar setores de Compliance e faltavam pessoas preparadas. Os primeiros recrutados, em sua totalidade, eram de outros ramos e tiveram a oportunidade de estudar e se desenvolver em Compliance.
Esse cenário aconteceu antes da Operação Lava-Jato e da elaboração da Lei Anticorrupção, que ajudaram e muito a impulsionar o setor no Brasil.
Como o Compliance evoluiu?
A promulgação da Lei Anticorrupção em em 2013 e a Operação Lava-Jato em 2014 foram marcos para a área de Compliance no Brasil, como um importante início de mudança de cultura, no sentido de uma postura mais transparente e ética por parte do empresariado e de agentes públicos.
Com isso, as empresas intensificaram a busca por profissionais que as ajudassem a estar em conformidade com as legislações brasileiras e do exterior. Esse crescimento fez com que o mercado se expandisse, dando ainda mais espaço para as consultorias e escritórios que passaram a se especializar no ramo.
Também pode-se dizer que houve um “inflacionamento” da área. O mercado de trabalho em Compliance, por ser novo, atraiu e continua atraindo muitas pessoas. Talvez um dos maiores desafios ainda seja encontrar pessoas realmente preparadas para ocupar as posições disponíveis no mercado.
Níveis de maturidade nas empresas
No início deste artigo, falamos sobre os diferentes portes das empresas. Agora, você poderá entender também os níveis de maturidade do mercado:
Nível 1 – Empresas em que a área de Compliance está começando a se formar, seja por obrigação ou por prevenção. Neste cenário, muitas vezes o setor surge abaixo de outro já existente, como por exemplo do jurídico ou do financeiro, por questões de o perfil profissional ser similar ao do Compliance Officer.
Nível 2 – Empresas em que o setor de Compliance já foi instituído e virou uma área importante na empresa, mas está no momento de deixar o setor mais robusto. Apesar de ainda estar abaixo de outra área, já tem um corpo mais estruturado e está se encaminhando para ser uma área autônoma na organização.
Nível 3 – Empresas em que o Compliance já é um setor independente e autônomo. Nas multinacionais, por exemplo, a pessoa responsável pela área faz o relatório diretamente para o exterior, tendo autonomia para investigar qualquer funcionário, até mesmo o presidente, se precisar.
O que esperar da área de Compliance para os próximos anos?
Esta é uma área que veio para ficar e o mundo dos negócios exige que as organizações estejam em conformidade. O Brasil é um país aberto para o mundo e as empresas tendem a não firmar negócios com as organizações que não tiverem um programa de Compliance implementado e ativo.
Apesar de o Brasil estar crescendo muito na área, é fato que ainda precisa avançar bastante. Essa abertura para crescimento significa que existem muitas oportunidades no ramo para novos profissionais, tanto no âmbito público como no privado.
As oportunidades LATAM têm aumentado e a tendência também é de que profissionais do Brasil sejam enviados para outros países para implementar Compliance no exterior.
Sobre novas áreas, com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) em vigor, a área de Proteção de Dados também ganhou mais atenção e fez com que o segmento de Compliance ocupasse ainda mais uma posição de protagonista, trazendo boas possibilidades para o presente e futuro.
Entre para o mercado trabalho em Compliance
Com base nessas informações sobre o mercado de trabalho em Compliance, você pôde identificar boas oportunidades. Dê o próximo passo agora mesmo e inscreva-se em um dos cursos da LEC, obtenha sua certificação e cresça na área.
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Redação LEC
Imagem: Freepik