A integração de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) tornou-se uma prioridade inegável para as empresas. Em 2023, o mundo testemunhou mais um ano de extremos climáticos, exacerbando a urgência de ações sustentáveis. Nesse contexto, CEOs e investidores renovam seus compromissos com um futuro mais justo, equitativo e sustentável por meio da adesão aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Mas como avançar na sustentabilidade sem cair na superficialidade? Como reconhecer e gerenciar os riscos associados aos ODS para potencializar seus resultados? É o que iremos explorar neste artigo.
Os desafios para o mundo sustentável em 2024
Uma pesquisa conduzida pela EY mostra a crescente importância das questões ESG para os investidores. De forma impressionante, quase todos os investidores (99%) usam informações sobre ESG como um fator determinante para seus investimentos, enquanto 78% concordam que as empresas devem fazer investimentos que levem em conta esses aspectos.
Embora anos de investimento empresarial tenham levado muitas empresas a progredir em sustentabilidade, o Estudo da EY sugere que o período de conquistas iniciais, com “frutos de fácil alcance” está próximo do fim.
O artigo “The ESG Conundrum” (o dilema de ESG) do The Economist corrobora tal afirmação, pontuando um déficit de transparência e investimento entre as diferentes métricas de sustentabilidade. Segundo o estudo, apenas 10 das 17 métricas ESG são medidas e publicadas por pelo menos metade das empresas: emissões de carbono diretas, uso de água, gestão de resíduos, eficiência energética, registros de saúde e segurança, registros de segurança do produto, princípios da cadeia de suprimentos, diversidade no conselho de administração, política de ética nos negócios e estrutura de propriedade.
A sub-representação das métricas mais amplas correspondentes aos ODS evidencia a dificuldade de empresas em incorporar a agenda sustentável em suas estratégias de governança e sugere preocupações quanto à continuidade dessas políticas.
Encontrando o equilíbrio
Tornar os portfólios à prova de incertezas por meio de uma lente de sustentabilidade exige encontrar um equilíbrio para que as operações sejam tanto resilientes quanto reflexivas das tendências globais de sustentabilidade. Assim, estabelecer uma relação entre os riscos empresariais e os ODS é crucial, uma vez que as empresas desempenham um papel fundamental na implementação eficaz desses objetivos.
Com sua capacidade de influenciar a economia global, o ambiente de trabalho, as cadeias de suprimentos e as comunidades em que operam, as empresas têm o potencial de impulsionar ou minar o progresso em relação aos ODS. Nesse sentido, é essencial que reconheçam e gerenciem os riscos associados aos ODS para maximizar seu impacto positivo e evitar consequências negativas.
A seguir, alguns caminhos para isso:
- Mapeamento de riscos e análise detalhada: O primeiro passo é mapear e analisar os riscos internos e externos que possam afetar sua contribuição para os ODS.
- Integração dos ODS nas estratégias: Alinhe suas estratégias e operações com os ODS relevantes, integrando considerações de sustentabilidade em todas as áreas do negócio.
- Engajamento das partes interessadas: O diálogo aberto com todas as partes interessadas promove transparência e identifica preocupações e oportunidades.
- Gestão da cadeia de suprimentos: É essencial para mitigar riscos e promover o cumprimento dos ODS. Isso inclui avaliar e melhorar as práticas ambientais, sociais e de governança dos fornecedores.
- Monitoramento e relato de desempenho: Implementar sistemas robustos de monitoramento e relato permite acompanhar o progresso em relação aos ODS e identificar áreas de risco emergentes.
- Inovação e colaboração: Invista em tecnologias e práticas sustentáveis para enfrentar os riscos relacionados aos ODS e colabore com outras empresas, governos e ONGs para um impacto positivo em escala.
Integrando ESG no Framework de Gerenciamento de Riscos
A solução GlobalSuite proporciona uma integração dos riscos empresariais com os processos relacionados à governança e sustentabilidade por meio de diversos recursos. A gestão de fornecedores permite avaliar e monitorar o desempenho dos parceiros quanto às práticas alinhadas com os ODS, promovendo uma cadeia de suprimentos mais sustentável.
A customização da metodologia oferece flexibilidade para incorporar considerações específicas dos ODS nos processos de gerenciamento de riscos. Já os dashboards personalizados fornecem uma visão em tempo real do progresso em relação aos ODS, facilitando o acompanhamento e identificação de áreas de risco emergentes. Outros recursos como o de gestão de projetos possibilita a criação de planos de ação personalizados, garantindo uma resposta proativa às demandas de sustentabilidade. Por fim, o relacionamento entre os objetivos estratégicos e os riscos ajuda a alinhar os esforços da empresa com os ODS relevantes.
Ao adotar uma abordagem holística e integrada à sustentabilidade em suas operações e estratégias de negócios, as empresas fortalecem sua resiliência, melhoram seu desempenho financeiro e contribuem significativamente para o avanço da agenda de desenvolvimento sustentável.