Em sua exposição durante o painel de Gestão de Crise, no 7º Congressso Internacional de Compliance, o advogado Rodrigo Pironti questiona se a administração pública e as empresas estão preparadas para lidar com crises no Brasil.
Para ele, existe um engano que costuma ser cometido na prevenção à gestão de crises. O trabalho preventivo é , em geral, avaliado a partir da dos riscos. Mas risco demanda informações e o Brasil é um país de assimetria de informações. “Do ponto de vista do modelo de gestão publico, o Brasil é esquizofrênico e gerencialista. Isso torna a assimetria de informação algo relevante e que precisa ser levado em conta”, segundo Pironti. Ele lembrou que o que determina a necessidade do plano de continuidade, é o impacto e não a probabilidade que tem a prioridade.
O advogado trouxe o conceito de indicadores de crise, que vão servir de base para a aplicação dos planos de continuidade dos negócios atrelados aquele indicador. Um risco de média probabilidade, mas de alto impacto, como a morte do patriarca ou da matriarca numa empresa familiar é um risco estratégico e que precisa ser gerenciado, porque pode travar as operações da empresa. “A partir disso, vou determinar um plano de continuidade, deixar com o advogado procurações especificas, a definição de responsabilidade e funções do sucessores. É preciso ter esse acordo já desenhado para estabelecer a continuidade do negocio. São situações que geram conflito, mas com os planos de continuidade de negócios estabelecidos em cima dos KCI’s, o negócio segue”, conclui.
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