Quarenta por cento das 2.690 fraudes ocorridas em 125 países, entre 2016 e 2017, foram detectadas por meio de canais de denúncias. O dado é destaque na décima edição do Report of the Nations 2018, relatório divulgado recentemente pela maior organização antifraude do mundo, a Association of Certified Fraud Examiners (ACFE). De acordo com a análise, as denúncias são, de longe, a forma mais comum de detectar fraudes. Não é por acaso, que o número de relatos recebidos nos canais gerenciados pela ICTS Outsourcing no Brasil cresceu significativamente nos últimos 10 anos. Somente entre 2016 e 2017, houve um aumento de 46%.
Pioneira na operação de Canal de Denúncias no Brasil, antes mesmo da Lei Anticorrupção (nº 12.846/2013), a ICTS Outsourcing comemora, em 2018, 10 anos de prestação do serviço e compartilha os principais dados coletados da sua atuação ao longo dos anos. O objetivo é contribuir para a evolução da gestão nas questões éticas no mundo corporativo. Atualmente, mais de 300 companhias, de diferentes portes e segmentos, contam com o apoio da empresa no recebimento e tratamento de denúncias, bem como na compreensão e gestão de suas principais vulnerabilidades.
De acordo com o levantamento da ICTS Outsourcing, grande parte dos contatos feitos por denunciantes, cerca de 73,5%, ocorreu durante o expediente. A estatística desmitifica a ideia equivocada de que a maioria das denúncias é feita quando os colaboradores estão fora do ambiente de trabalho e ainda reforça a eficiência do funcionamento do canal de denúncias no período comercial, comparando-o a um canal ininterrupto.
Outro dado importante oriundo dos 10 anos de atuação é o fato de que em 2017, o tempo médio de tratamento das denúncias reduziu em 32,5%, em relação a 2016, o que reflete uma evolução na capacidade de apuração quando a operação do canal é terceirizada. “A qualificação especializada dos relatos ainda promove uma redução de 44% nos custos com a apuração das denúncias”, ressalta Cassiano Machado, sócio-diretor da ICTS Outsourcing.
Tipos de denúncia
Sobre os tipos de denúncia, as que englobam relacionamento interpessoal, principalmente, práticas abusivas, como assédio moral e sexual, agressões e outros desvios de comportamento, continuam sendo as mais representativas, cerca de 43,9%, nos últimos dez anos. “Contudo, há outros atos que podem e devem ser denunciados pelos funcionários, tais como violações às leis, favorecimento ou conflito de interesses, fraude, roubo, furto ou desvios de materiais”, explica Cassiano Machado, sócio-diretor da ICTS Outsourcing.
Ainda segundo o levantamento, o líder continua a ser o agente mais denunciado nas empresas, com 55,1% dos registros. Este cenário mostra a importância do anonimato no processo de registro das denúncias, que, não por acaso, é a modalidade mais optada pelos relatores, em 72,4% dos casos.
Dados relevantes:
*O colaborador é o principal denunciante (82%), sendo que 50% dos relatos referem-se ao relacionamento interpessoal;
*O cliente é o 2ª segundo público com mais relatos no Canal de Denúncias (8,4%), o que fica claro que empresas também são avaliadas por públicos externos nos aspectos ética e compliance;
*O público masculino é responsável por cerca de 60% dos registros de denúncias;
*Denúncias sobre práticas abusivas, que englobam assédio moral, assédio sexual, agressões e outros desvios de conduta, continuam sendo as mais representativas.