Temos visto a conscientização sobre questões ambientais, sociais e de governança (ESG) crescer rapidamente, criando um contexto em que as empresas passam a enfrentar uma nova era de desafios e oportunidades.
O que o futuro reserva para essas organizações que buscam se alinhar com os princípios ESG? Vamos explorar as tendências emergentes, os avanços regulatórios e os desafios enfrentados pelas organizações na jornada para integrar práticas sustentáveis em suas operações.
Da ascensão das startups com missões centradas na solução de problemas sociais e ambientais à crescente importância da due diligence nas cadeias de fornecimento, vamos mergulhar no universo do ESG e entender o que o futuro nos reserva.
Tendências emergentes no campo do ESG
À medida que a conscientização sobre questões ambientais, sociais e de governança continua a crescer, surgem tendências promissoras no campo do ESG. Startups são desenvolvidas com uma missão centrada na solução de externalidades negativas, abordando não apenas questões sociais e ambientais, mas indo além. Essas empresas, que têm o ESG incorporado em seu núcleo, estão posicionadas para resolver desafios nesse espectro em evolução.
Outra tendência importante a ser observada é a importância crescente da due diligence nas relações com fornecedores. Empresas que desejam contratar ou serem contratadas por grandes corporações devem alinhar-se às políticas ESG dessas organizações, o que impulsiona a integração das práticas em toda a cadeia envolvida.
Além disso, os bancos estão aprimorando suas carteiras de crédito para negócios de baixo carbono, especialmente no setor agrícola, oferecendo linhas de financiamento com condições favoráveis para empresas comprometidas com questões ambientais, sociais e de governança.
Entenda as novidades sobre as regulamentações e políticas governamentais
Recentemente, o Brasil deu passos significativos em direção à integração de práticas de ESG por meio de regulamentações e políticas governamentais. O Decreto nº 11.961, de 22 de março 2024, estabeleceu o Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira (CITSB), com o objetivo de coordenar o desenvolvimento e implementação da taxonomia sustentável.
Outro avanço nesse sentido, foi a Resolução nº 193 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que definiu as normas de divulgação de sustentabilidade alinhadas com o ISSB (International Sustainability Standards Board), estabelecendo um roteiro para a adoção obrigatória dessas normas por empresas brasileiras de capital aberto a partir de janeiro de 2026.
Essas medidas visam aumentar a transparência sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade e atrair investimentos globais para o mercado brasileiro, e também simbolizam um movimento favorável à adoção de políticas, pois as companhias vão exigir cada vez mais de organizações parceiras o estabelecimento de políticas ESG, o que impulsiona cada vez mais a sua valorização.
Também deve ser citado o Programa Patentes Verdes, uma iniciativa do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), cujo principal objetivo é acelerar o exame de pedidos de patentes que envolvem tecnologias voltadas para o meio ambiente. Ao proporcionar uma análise prioritária desses pedidos, o INPI não apenas incentiva a proteção legal dessas inovações, mas também facilita sua rápida adoção pela sociedade e os benefícios advindos de novas tecnologias sustentáveis.
Quais são os desafios que as empresas podem enfrentar ao integrar práticas de ESG em suas operações?
A integração de práticas de ESG apresenta desafios significativos para as empresas. A obtenção e organização de dados descentralizados é uma das principais dificuldades, já que muitas vezes estão em diversos setores dentro da companhia.
Além disso, a falta de conhecimento sobre normas e padrões mínimos de ESG também pode impactar a implementação do programa. Nesse sentido, é importante que os profissionais de ESG tenham foco em compreender o contexto de cada organização de forma personalizada, a fim de trazer conhecimento para a companhia, organização e o envolvimento das pessoas na adoção da cultura de ESG, desde a alta liderança até cada integrante dos times de operação.
Oportunidades de crescimento e inovação que o ESG oferece para as empresas no futuro
O cenário de ESG está repleto de oportunidades para empresas que buscam inovação e crescimento sustentável.
Como já citado anteriormente, startups e organizações estão surgindo com soluções criativas para problemas de ESG, aproveitando as demandas do mercado por transparência, rastreabilidade, catalogação dos dados, etc.
À medida que o ESG se torna cada vez mais central para as práticas empresariais, as empresas que adotam esses princípios estão bem posicionadas para prosperar no futuro.
Dessa forma, é possível identificar como, desde já, o crescimento do setor de ESG já é uma realidade. Segundo Karen Machado, Advogada e Consultora na área de Direito e Compliance Ambiental (CPC-A) – Professora da LEC, que atua no ramo ESG com propósito de aliar meio ambiente e desenvolvimento, “em um futuro não muito distante, as empresas serão classificadas a partir do seu comportamento relacionado à sustentabilidade, o que, de certa forma, já é uma realidade”.
Ou seja, não apenas o desempenho relacionado à economia significa que uma empresa está em crescente valorização, pois o lucro passa a ser analisado não somente em relação ao valor monetário, mas também com base nas três esferas do ESG, o que abre oportunidades para as organizações que podem se posicionar de forma diferente desde já e, como citado por Karen, serem mais valorizadas e acessarem mercados alinhados a esses conceitos.
Ainda de acordo com a orientadora, “o ESG impacta a sociedade com soluções criativas para problemas da atualidade. Temos exemplos de empresas que alteraram, por exemplo, seu processo produtivo, para que até a casca de sementes, que não tinha utilidade e era considerada resíduo, seja incorporada ao processo produtivo de outro produto, de modo que a empresa deixa de ter esse “passivo” que é a casca, e isso seja insumo”.
Esse tipo de movimento de mercado revela como as empresas estão buscando se posicionar de maneira verdadeira em relação às frentes de ESG, visando ter uma atuação mais responsável, transparente, sustentável e ética em diversos aspectos.
O que fazer para se tornar um dos melhores profissionais de ESG
Para se destacar e trilhar sua carreira em ESG, é essencial buscar capacitação e conhecimento nas áreas em crescimento do setor. Além disso, é crucial entender as necessidades e demandas do mercado e estar atualizado sobre as últimas tendências e regulamentações.
Investir no Curso de Liderança ESG e desenvolver habilidades práticas para implementar políticas dentro das empresas são passos fundamentais para se tornar um líder nesse campo em expansão.
Assim, você terá o conhecimento necessário para implementar uma política dentro da empresa onde trabalha ou poderá atuar como um profissional consultivo, que não está dentro de uma empresa, mas que presta serviço a diversas companhias para auxiliar ao ESG de forma geral ou específica, com foco apenas no Ambiental, no Social ou na Governança, por exemplo.
O ESG não é apenas uma tendência passageira, mas sim uma transformação fundamental na sociedade. À medida que as empresas buscam se adaptar e prosperar nesse novo ambiente, a Certificação Profissional em ESG da LEC surge como uma oportunidade única para os profissionais se destacarem e liderarem essa transformação de mercado.
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