Você sabe como funciona o compliance para startups? Para que um negócio seja bem-sucedido, é fundamental que o gestor saiba trabalhar a conformidade com as questões éticas e legislativas de uma organização.
O cenário internacional já experimenta essa aplicação há algumas décadas e, com isso, combate a falta de integridade em condutas empresariais. Porém, como fazer isso por meio de um programa estruturado?
Neste artigo, você terá um panorama focado e objetivo sobre compliance, como ele se aplica em startups. Acompanhe!
O que é compliance?
O termo vem do verbo inglês “to comply” que significa cumprir. O objetivo é atender às obrigações impostas, estar em conformidade com as exigências legais e obedecer aos regulamentos e estatutos internos e externos.
Dessa forma, o programa é um compromisso assumido por organizações e colaboradores. A ideia de criar uma conduta ética e legal, que tem o objetivo de cooperar para que a empresa lide com situações adversas, como crises, e reforce sua imagem positiva e reputação.
Compliance é um programa que tem o objetivo de assegurar aspectos de regularidade e integridade em operações de negócios de organizações, inclusive startups.
Hoje, é razoável dizer que a ferramenta não é mais uma escolha estratégica, mas uma verdadeira exigência de multinacionais e governos, incluindo o brasileiro em muitas situações.
A ligação com a governança corporativa não impede a necessidade de adoção por startups, que nascem com potencial para destaque internacional e não conseguem essa evolução sem uma base ética e legal.
A simplicidade dos negócios em startups também pode representar uma armadilha para gestores praticarem ações em desconformidade. Portanto, conhecer a base do compliance é crucial para a saúde das operações.
Quais os principais benefícios e desafios do compliance para startups?
A adoção de compliance para startup desperta uma série de vantagens, mas também traz alguns desafios de implementação. Conheça agora alguns deles e aprenda como aproveitar oportunidades e vencer dificuldades
Desafio: situar-se no ambiente regularório
Segundo Daniel Maffessoni Diniz, professor de Direito para Startups e Direito Empresarial, é importante observar o ambiente de negócios e todos os sistemas regulatórios que o envolvem. Veja abaixo.
“Existem áreas extremamente sensíveis à regulação, como o mercado médico e farmacêutico. Porém, todos os tipos de negócios possuem regulações específicas, que devem ser seguidas para que as startups entrem num alto padrão de conformidade.”
Desafio: recebimento de investimento
Outro desafio é trabalhar com investimentos externos com correção e transparência. Quando a startup atua em princípios de compliance, elimina inconsistências contábeis e oferece garantia para as empresas que estão investindo. Muitos fundos internacionais sequer iniciam uma negociação de investimento na ausência de um programa de compliance.
Desafio: adaptação do programa
O programa deve criar uma cultura corporativa pautada em conduta ética e legal. Não são apenas grandes corporações obrigadas a atender o compliance. Deve-se adaptar a complexidade do conceito ao tamanho e à estrutura da startup. A negligência a essa orientação aumenta o risco de descumprimentos e a possibilidade de insucesso.
Benefício: boa reputação
Startups muitas vezes trazem novidades interessantes que levantam debates, curiosidades e eventualmente até mesmo polêmicas. Nesse momento, o interesse em aportes, investimentos, parcerias e outras oportunidades de negócio só aparecem diante de uma boa imagem perante os clientes e o mercado.
Regularidade jurídica é um princípio fundamental da qualidade. A boa reputação é um reflexo da manutenção da integridade da corporação. É dessa forma que a startup atingirá uma evolução sustentável.
Benefício: proteção jurídica
A observação às leis e estatutos nacionais e internacionais previne ações judiciais contra a organização, que podem importar em multas e até uma eventual suspensão dos seus serviços. Dessa forma, é fundamental que a organização domine o campo jurídico relativo ao seu nicho de negócio com os conceitos do programa de compliance.
Benefício: gestão de risco e ética
O programa de compliance para startup auxilia a organização a estabelecer mecanismos mais sólidos de combate aos riscos de negócio, além de fortalecer a obediência aos valores, à cultura e à ética empresarial.
Como aplicar compliance em startups?
Como dissemos, o programa de compliance é adaptável ao modelo de negócio praticado por startups, de acordo com o seu momento.
Para que essa implementação ocorra com mais eficiência, separamos algumas ações fundamentais. Acompanhe:
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verifique se a atividade a ser praticada não infringe alguma lei, entenda o mercado;
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execute uma cuidadosa análise de riscos de compliance, antes de iniciar seu programa;
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escreva um código de conduta ética sucinto e políticas adicionais;
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tenha clareza sobre os valores e os princípios que regem a organização;
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crie controles internos capazes de verificar o cumprimento das politicas estabelecidas;
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facilite canais de comunicação para denúncias de práticas ilegais ou perigosas;
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investigue todo e qualquer indício de violação ao programa;
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treine os colaboradores para que conheçam o programa;
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formalize a constituição da empresa e celebre contratos para a formalização de negócios;
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capacite ao menos um colaborador em compliance, para que seja o “dono” do programa, ainda que não se trate de um Compliance Officer.
Entendeu como funciona o compliance para startup? Então, receba um contato de um Especialista LEC para tirar suas dúvidas e lhe auxiliar a escolher o melhor curso para que você possa dar os próximos passos nesta jornada.