A cultura da integridade é a maneira de as empresas modificarem seus processos desde a raiz, de modo a garantir um trabalho transparente e correto. Aplicar políticas como essa se faz necessário, em meio a um cenário onde a corrupção se tornou um dos grandes problemas da sociedade contemporânea.
Quer entender como a ética tem papel fundamental para aprimorar a gestão da sua empresa? Entenda a cultura da integridade e saiba como ser idôneo é fundamental para competir no novo mercado!
A sociedade moderna luta contra a corrupção
Nós vivemos na era dos dados e das informações. Assim, casos de corrupção e fraudes são, cada vez, mais desmascarados e expostos em meios de comunicação que atingem milhões de pessoas. Esse novo nível de conhecimento levou a sociedade a identificar e registrar as grandes levas de má índole que ocorrem em empresas públicas e privadas, o que anteriormente era ocultado e mascarado.
Consequentemente, observamos uma descrença por parte do público, que não confia mais nas instituições. Aliado a isso, as pessoas buscam e cobram empreendimentos verdadeiros e sem fraudes. Dessa demanda, surge uma nova responsabilidade para as empresas de fato se relacionarem com os consumidores: ser ética e demonstrar isso.
A cultura da integridade é o caminho para a transparência
A cultura da integridade é um sistema de diretrizes que colabora para o combate à corrupção. O compliance é um sistema usado usado para assegurar que políticas e normas éticas da organização sejam colocadas em prática, garantindo assim a idoneidade nos processos.
Com a Lei n.º 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), a transparência se tornou essencial. De acordo com as novas normas legais, empresas cujo exercício lesem a administração pública vão cumprir uma série de consequências legais e punições.
Unindo todas as informações, chegamos à conclusão de que, para se incorporarem no novo perfil social e legal, os negócios devem se reestruturar. Essa renovação se trata de uma mudança profunda na comunicação e nas relações. Ou seja, a moral e a ética precisam ser partes das empresas, não apenas superficialmente, mas como visão, missão e valor do negócio.
A implantação da cultura da integridade
As empresas, observando as novas demandas sociais e organizacionais, também se preocupam em adotar métodos mais íntegros e transparentes nos negócios. A fim de diminuir fraudes e assegurar a ética do empreendimento, é necessário introduzir a política da integridade na cultura organizacional. Para isso, existem práticas essenciais. Confira a seguir como isso é possível!
1. Suporte organizacional
Para que uma empresa de fato consiga a transparência, todos os setores precisam estar envolvidos. Então, a mudança deve partir da visão do empreendimento. Sendo assim, é fundamental que o compliance tenha adesão por parte de toda a alta direção.
A partir da difusão de boas práticas por parte do alto escalão, a idoneidade se transforma em uma virtude difundida no cotidiano e na cultura organizacional. Por isso, o primeiro passo é envolver as autoridades do negócio.
2. Monitoramento dos riscos
Um dos pilares para manter a integridade é mapear e gerenciar os riscos aos quais o negócio está submetido, dando ênfase aos perigos da corrupção. Para isso, é preciso criar um setor especializado para identificar nepotismo, possíveis fraudes, conflito de interesses e outras práticas que afetam a ética da empresa.
É importante ressaltar que a avaliação e a busca de erros que comprometam os princípios morais da organização devem ter independência dos demais setores, para não serem influenciadas.
3. Diretrizes de conduta
Um princípio antigo e muito difundido é o de que todos os caminhos estão errados quando não se sabe aonde vai. Quando se trata de uma organização, falamos de muitas pessoas, com índoles e preceitos morais diferentes. Logo, é impossível esperar que todas ajam de acordo com a visão ética do seu negócio sem que isso seja estabelecido e comunicado.
Para resolver esse problema, é parte do processo definir uma política interna, que deve ser adotada na empresa. A partir desse documento, diretrizes e protocolos de trabalho precisam ser criados, de modo a garantir que essas regras sejam cumpridas por todos.
4. Controle padronizado
A transparência carece de continuidade. Ou seja, para de fato assegurar que tudo ocorra dentro da conformidade, deve-se acompanhar itens essenciais com frequência. Afinal, apenas verificando se há erros é possível realinhar as práticas com as políticas definidas.
Conferir os registros contábeis, checar os documentos padrões de cada departamento e demais informações permitem diminuir os riscos de fraudes. Assim, se avalia a idoneidade de cada processo usando dados e fatos, e um pequeno desvio pode ser encontrado e modificado a tempo.
5. Capacitação e comunicação
A cultura da integridade, para funcionar, precisa ser a base de todos os procedimentos da organização. Quem mantém e executa os processos de cada setor são os colaboradores, essenciais para chegar aos resultados finais. Por isso, é parte do projeto envolvê-los e garantir que eles estejam engajados e cientes das políticas de ética.
Comunicar a visão da empresa permite esse alinhamento. Além disso, é preciso capacitar e garantir as bases para que cada funcionário possa compreender e aplicar a cultura da integridade.
6. Avaliação dos parceiros
Uma empresa que de fato trabalha sobre moldes íntegros, com ética e moral bem definidas, não deve se relacionar com parceiros que não se baseiam nos mesmos princípios. Para que a atividade-fim seja atingida sem nenhuma irregularidade no processo, fornecedores, distribuidores, representantes e demais aliados também precisam ser transparentes e idôneos.
Antes de fechar contratos, audite as empresas e verifique como funcionam as estruturas internas. Apenas se isso for compatível com as perspectivas do seu negócio estabeleça vínculos duradouros.
A cultura da integridade assegura que as rotinas da empresa se mantenham alinhadas com os propósitos e a ética da organização. Na sociedade moderna, para que um negócio seja de fato incorporado e creditado pelos consumidores, ele deve ser transparente e demonstrar que suas políticas morais são aplicadas aos resultados finais.
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