As lideranças empresariais, independentemente do porte e do segmento de atuação da organização, devem orientar a estratégia do negócio em busca da sustentabilidade, perenidade e geração de valor, por meio de ações e diretrizes capazes de nortear a administração cotidiana, com base na ética, na transparência e no cumprimento voluntário das leis, regulamentos, políticas e procedimentos internos. É por isso que as boas práticas de governança corporativa ganham cada vez mais espaço nas organizações modernas e voltadas para o futuro.
As boas práticas e os elevados padrões de governança corporativa devem levar em consideração a importância do fator humano para o alcance dos objetivos e maximização da eficiência da organização.
Neste post, você entenderá um pouco mais sobre o assunto. Primeiro, trataremos da importância essencial da governança corporativa. Em seguida, detalharemos a sua aplicabilidade, os benefícios e as melhores práticas para as empresas.
Preparado? Boa leitura e bons insights!
Qual é a importância da governança corporativa?
A governança corporativa é um tema bastante amplo. Emerson Siécola, Líder de Projetos e Senior Compliance Manager na T4 Compliance, além de Presidente do Comitê de Governança Corporativa da LEC, destaca que a governança corporativa “é o modo pelo qual as organizações são dirigidas, controladas e monitoradas, por meio da delimitação de papéis entre as estruturas de poder”.
De forma geral, não seria equivocado dizer que a governança corporativa abrange os temas respeito, confiança e liderança, no intuito de formatar processos capazes de posicionar a organização na direção correta para o alcance de suas metas, de curto, médio e longo prazo.
No dia a dia, “a governança corporativa direciona a tomada de decisão, sempre com o objetivo de prover os melhores resultados e atender aos principais interesses comuns de seus públicos de relacionamento, também chamados de stakeholders“, lembra Emerson.
É fácil entender a relevância ascendente da governança corporativa para as empresas e para o mercado de modo geral, uma vez que as suas diretrizes tratam tanto do ambiente interno quanto do externo de uma organização. Por um lado, é preciso aprimorar o processo decisório e o funcionamento da alta administração para que as decisões sejam tomadas de acordo com o melhor interesse da organização. Por outro, é necessário avaliar as perspectivas e o equilíbrio no tratamento entre todos os stakeholders.
A importância da governança corporativa, portanto, é bastante extensa: não significa somente cumprir um mandato delegado a algum time ou a alguém. “Existe o aspecto ético e cultural da empresa, que norteia as ações, a conduta e o comportamento de indivíduos (líderes, colaboradores e fornecedores, por exemplo) com os quais há relacionamento e interação”, explica Siécola.
Qual é a aplicabilidade da governança corporativa nas instituições?
Em primeiro lugar, vale considerar que as organizações que têm boas práticas de governança corporativa geram maior confiança e, por isso, tornam-se mais atraentes aos olhos dos investidores, do mercado e de parceiros de negócios em geral. “Além disso, profissionais competentes e comprometidos tendem a procurar instituições transparentes, já que é comum possuírem programas atrativos para a retenção de talentos”, sinaliza Emerson.
De acordo com Siécola, o primeiro passo para a governança corporativa é entender a organização e os seus contextos de atuação. Essa etapa inclui, por exemplo, a avaliação:
- de leis e regulamentos aplicáveis ao seu ramo de atividade;
- da estrutura e da forma de distribuição de capital;
- dos deveres societários/estatutários e níveis hierárquicos existentes;
- da complexidade das operações;
- das particularidades do modelo de negócios adotado;
- das filiais, unidades, controladas e subsidiárias;
- do nível de dependência de negócios celebrados com a Administração Pública;
- da interação com parceiros de negócio e terceiros em geral;
- das expectativas dos stakeholders.
Depois disso, é hora de partir para a prática. A governança corporativa é operacionalizada por meio de mecanismos e órgãos de controle, os chamados “agentes de governança”, tais como sócios, conselho de administração, conselho fiscal, administradores, auditores, dentre outros.
Caso a estrutura da organização não admita um Conselho de Administração devido ao seu porte e sua estrutura de capital, a organização pode contar com um Conselho Consultivo, composto por profissionais de mercado, para auxiliar as decisões e os rumos da organização.
Diante disso, fica evidente que a governança corporativa endossa, de fato, uma força fundamental aos negócios mais competitivos. Afinal, ao contar com direcionamento estratégico, políticas e procedimentos internos, é possível viabilizar o crescimento sustentável e projetar retornos expressivos.
Quais são as melhores práticas de governança corporativa?
Implantar práticas aderentes de governança corporativa faz toda a diferença na trajetória da empresa. De acordo com uma pesquisa, a implantação de diretrizes transparentes, embasadas em objetivos coesos, pode dobrar o crescimento da organização.
Emerson Siécola, que tem vasta experiência na área e atua com líderes dispostos a assegurar a perenidade do negócio por meio de estratégias de governança corporativa, compartilha algumas das melhores práticas. Confira!
1. Tomada de decisão e deliberação ética
A governança corporativa pressupõe que as decisões sejam baseadas na missão, na visão e nos valores da organização, preservando os interesses de longo prazo. A ética desponta como um fator determinante para validar deliberações e atitudes.
2. Liderança e cultura
O exemplo é o maior catalisador de comportamentos. Cabe às lideranças, portanto, a missão de lapidar a cultura interna e a identidade da organização, protegendo os atributos mais valiosos à empresa.
3. Transparência
A transparência é a base de todas as iniciativas de governança corporativa. Internamente, é preciso atenção aos fluxos de informações para colaboradores e parceiros de negócios, por exemplo. Frente ao mercado e acionistas, é importante a divulgação das informações, tanto aquelas exigidas por lei quanto as demais informações de interesse para o negócio, com o propósito de atração de eventuais investimentos.
4. Sistemas de compliance
Para Emerson, “a boa governança corporativa promove e desenvolve o sistema de compliance da organização, a fim de assegurar a conformidade legal e normativa, refletida em políticas, procedimentos e diretrizes internas”. Mais uma vez, a clareza é essencial!
5. Mitigação de riscos
A prevenção de atos ilícitos e a minimização de riscos são, sem dúvidas, duas demandas inerentes à governança corporativa. Identificar, avaliar e gerenciar riscos por meio de sistemas de controles internos, com o propósito de manter a imagem e a reputação da empresa, é uma preocupação bastante recorrente. Siécola reforça, ainda, que “as práticas da boa governança devem estar totalmente alinhadas às estratégias da companhia”.
Como um curso de governança corporativa pode ajudar?
A governança corporativa ainda é um tabu para muitos profissionais e companhias. No Brasil, poucas instituições se dedicam a difundir o tema, promovendo a abordagem prática no ambiente empresarial.
A ausência da discussão, porém, não condiz com a realidade do mercado: para Emerson Siécola, “a governança corporativa deveria ser matéria obrigatória em cursos técnicos e faculdades, e não somente em cursos de extensão, MBAs e afins”, tamanha a relevância do assunto.
Além disso, a governança corporativa pressupõe desafios que requerem um preparo mais aprofundado. É preciso avaliar investimentos e alinhar expectativas enquanto a equipe trabalha para mitigar riscos — evitando surpresas negativas. Para Emerson, “o gestor deve considerar a complexidade das atividades e, assim, valorizar as políticas e os procedimentos internos, os quais refletem intenções e orientações da organização, tanto quanto o conjunto de regras que auxilia no direcionamento das rotinas”. Isso é, de fato, a governança corporativa de excelência.
Por fim, justamente em razão disso — para suprir lacunas e maximizar o desempenho da empresa hoje, amanhã e sempre —, a LEC conta com professores atuantes e experientes, além de um sólido know-how na formulação do conteúdo programático. Isso visa a entregar insights valiosos a profissionais que desejam se apropriar dos benefícios das boas práticas de governança corporativa em suas empresas e, claro, também em suas carreiras. Invista!
O conteúdo foi útil e ajudou você a esclarecer alguns dos princípios da governança corporativa? Ótimo! O próximo passo é mergulhar nos conceitos: entre em contato conosco e saiba como podemos ajudá-lo no seu aprimoramento profissional. Sucesso e até breve!