Agora, na sala Rosa, o advogado Matteson Ellis conduz uma entrevista com os agentes do FBI, R. W. Simpson, Líder do Esquadrão de Combate à Corrupção Internacional do FBI em Miami, e David Brassanini, Adido Policial do FBI para o Brasil.
Simpsom, contou que alguns anos atrás o FBI deciciu estabelecer esquadrões dedicados a atuar contra crimes corporativos no exterior, estabelecendo bases para esses times em Nova York, Los Angeles e Washington. Como um número grande de investigações englobam a América Latina, ficou justificada a necessidade da criação de um novo esquadrão em Miami, por onde passam muitos desses casos. “Nosso objetivo é coibir ao máximo esses crimes e, definitivamente, estamos planejando um maior número de investigações”, disse o Líder do Esquadrão do FBI em Miami. Além do foco natural no FCPA, o times de Miami também tem dado muita atenção às questões relacionadas as questões de ordem tributária e a formação de cartéis.
Adido do FBI no Brasil, Brassanini explica que o conhecimento dos agentes do FBI tem bastante fluência cultural em relação ao ambiente de negócios brasileiro. “A habilidade de desenvolver e entender as peculiaridades locais é grande. Não só a questão da língua, mas em entender realmente como o Brasil funciona, entender as nuances”, contou. Brassanini lembrou que diferentes agentes do FBI vem ao Brasil toda a semana, para tratar de diferentes casos que envolvem FCPA e lavagem de dinheiro. Segundo o Adido, caso nenhuma nova investigação fosse aberta, se o mundo parasse hoje, pelos próximos cinco anos, os agentes do FBI aqui já tem trabalho garantido por conta desses casos.